Empresas de energia elétrica
Confira a lista das ações de energia elétrica listadas na bolsa
Conheça o setor energia elétrica
Confira os detalhes do setor energia elétrica
O setor de energia elétrica é um setor altamente admirado por diversos investidores na bolsa de valores brasileira, especialmente por investidores conservadores em bolsa. Isso ocorre em virtude tanto de o setor conter empresas fundamentais, afinal o mundo é progressivamente mais dependente de energia elétrica, quanto por ser caracterizado como um setor perene, com previsibilidade de receitas nas empresas e, em alguns casos, de pagamento de dividendos.
Ao analisar o setor, rapidamente nota-se que existe a empresa tanto de empresas privadas quanto de firmas estatais em cada parte do setor elétrico.
Em linhas gerais, o setor elétrico é dividido em três grandes subsetores, são eles:
- Geração de energia;
- Transmissão de energia;
- Distribuição de energia;
A partir disso, existem empresas estatais e privadas inseridas em cada um dos três subsetores que envolvem a energia elétrica. Logo, a trajetória entre a geração da energia elétrica e a chegada da mesma para clientes residenciais ou industriais pode envolver, e geralmente envolve de fato, mais de uma empresa.
Além disso, em cada uma das divisões do setor elétrico, existem empresas listadas na bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3), as quais o investidor pode adquirir participação através de uma simples compra de ações na companhia desejada. A seguir, será discorrido sobre cada divisão do setor elétrico, assim como sobre o perfil consolidado do setor e sobre exemplificações de empresas listadas na B3.
Adicionalmente, é importante destacar que existem companhias que atuam em mais de uma frente do setor elétrico. Desse modo, apesar de o setor ser subdividido em três principais linhas de atuação, determinadas firmas atuam em duas ou mais delas, ou seja, existem companhias que não se encaixam completamente em apenas um subsetor do setor de energia elétrica.
Vale ter em mente que o conteúdo deste texto não é uma recomendação de compra ou venda, possui caráter exclusivamente informativo sobre o setor elétrico.
O perfil do setor elétrico na bolsa de valores
Em geral, o setor elétrico é muito apreciado por investidores de perfil mais conservador que desejam adentrar na bolsa de valores, assim como por investidores que buscam por um setor perene, com previsibilidade de receitas, em prol de receber dividendos com previsibilidade e valores razoáveis.
Inicialmente, o setor de energia elétrica é, obviamente, essencial para a economia nacional como um todo. Tanto clientes residenciais quanto comerciais e industriais necessitam de energia elétrica em prol de realizar suas atividades cotidianas. Sendo assim, pode-se mencionar que, dificilmente, este setor atravessaria uma situação de quedas expressivas na demanda por seus serviços, o que possibilitaria às empresas inseridas no setor elétrico possuírem uma previsibilidade de receitas razoável.
Em virtude da relativa previsibilidade de receitas que as companhias do setor elétrico possuem e do fato de que muitas delas possuem um grande porte, muitas vezes parte significativa do lucro de tais empresas é distribuído ao acionista em forma de proventos (dividendos ou juros sobre capital próprio). Consequentemente, o elevado payout (parcela do lucro líquido paga em dividendos) torna tais empresas atrativas aos investidores que desejam auferir renda passiva com relativa periodicidade.
Entretanto, vale destacar que os dividendos de qualquer empresa não são, necessariamente, constantes, assim como as empresas podem optar por pagar menos dividendos em prol de reinvestir seus lucros na própria empresa. Tais informações podem ser encontradas, geralmente, nos portais de relações com investidores ou nos estatutos sociais das companhias.
Além disso, em virtude da previsibilidade de receitas, tais empresas são, geralmente, menos voláteis, o que as tornam atrativas para investidores conservadores que, em um cenário de juros baixos, desejam investir parte de seu patrimônio em bolsa de valores em prol de auferir retornos mais expressivos.
Em termos de endividamento, as empresas inseridas do setor de energia elétrica se beneficiam, em variados graus, da previsibilidade de receitas. Uma vez que as companhias inseridas no setor possuem determinado nível de previsibilidade de suas receitas, as mesmas podem possuir um maior endividamento em prol de alavancar seus negócios, sem que isso represente, necessariamente, um aumento expressivo no risco envolvido na empresa.
Geradoras de energia elétrica
As companhias geradoras de energia elétrica são aquelas que atuam na primeira parte da trajetória da energia elétrica até o consumidor final. Em geral, as geradoras operacionalizam a geração de energia elétrica a partir de diversas fontes, tanto renováveis quanto não-renováveis.
No Brasil, a principal matriz de geração de energia elétrica é o modal hidrelétrico, por meio de usinas hidroelétricas. Entretanto, em sequência à geração hidroelétrica pode-se mencionar as modalidades eólica, termelétrica, biomassa, nuclear, solar, entre outras.
A partir da geração da energia elétrica, as companhias podem negociá-la de diversas maneiras. As principais formas de negociação são:
- Leilões de distribuição de energia elétrica;
- Venda da energia gerada diretamente a consumidores de grande porte, como, por exemplo, indústrias, que requisitam elevadas quantidades de energia para operacionalizar suas atividades.
Existem diversas empresas, listadas na B3, atuantes em geração elétrica. Para fins de exemplo, pode-se mencionar, entre outras firmas, as seguintes:
Inerentemente a este subsetor de atuação no setor elétrico, tem-se a exposição ao risco climático. Isso ocorre dado que diversas das fontes de geração de energia são expostas aos recursos naturais como, por exemplo, as fontes hidrelétrica, solar e eólica.
Transmissão de energia elétrica
Inseridas neste subsetor, estão empresas que operacionalizam linhas de alta tensão e, geralmente, de longas distâncias, que conduzem a energia elétrica da empresa geradora até sua conexão com as companhias responsáveis pela distribuição da eletricidade ou até clientes individuais de grande porte.
Em especial, o setor de transmissão de energia é um dos mais atraentes ao investidor conservador em bolsa de valores, pois, as receitas das transmissoras independem do volume de energia que é conduzido por suas linhas, assim como são fixas e atreladas a índices de inflação, o que gera alta previsibilidade de receitas e maior previsibilidade de lucros mesmo em períodos de inflação mais elevada.
As principais empresas atuantes em transmissão elétrica são, em geral, companhias privadas. Entretanto, em algumas delas, como a Taesa, há participação de empresas estatais em seu capital, através da posse de ações. Resumidamente, seguem as principais empresas do setor de transmissão:
- Taesa (TAEE11, TAEE3, TAEE4), possui como acionista majoritário a Cemig (CMIG3, CMIG4);
- Transmissão Paulista - ISA Cteep) (TRPL4, TRPL3);
- Equatorial Energia (EQTL3);
- CPFL (CPFE3);
- Alupar (ALUP11, ALUP4, ALUP3);
- Entre outras.
Distribuição de energia elétrica
O subsetor de distribuição elétrica é composto pelas firmas responsáveis por operar a infraestrutura que conduzem a energia elétrica até o consumidor final.
Apesar de o setor elétrico como um todo ser considerado altamente perene, o subsetor de distribuição é o mais arriscado em toda a cadeia desde a geração até a chegada da eletricidade ao consumidor final. Isso se deve ao fato de que este é o subsetor do setor elétrico mais exposto ao consumidor final, ou seja, é aquele que mais sofre com o “risco de calote”, formalmente conhecido como risco de inadimplência.
Além disso, o setor de distribuição possui maior risco regulatório, pois as empresas não podem constituir suas próprias políticas tarifárias e são diretamente sujeitas à regulamentação tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que pode atuar de forma desfavorável às companhias de distribuição em determinados momentos.
Adicionalmente, em virtude dos riscos nos quais o setor de distribuição de energia está exposto, este é o setor que mais tende a sofrer quedas de lucro ou até mesmo prejuízos em momentos de crise econômica. Afinal, em função da magnitude da crise podem ocorrer altas taxas de inadimplência e atuações prejudiciais às distribuidoras por parte da ANEEL. Logo, este é um risco adicional do setor de distribuição ao qual o investidor deve atentar-se.
Tem-se, como as principais empresas distribuidoras de energia elétrica, as seguintes:
Como destaque válido a todos os subsetores mencionados, existem outras companhias adicionais também listadas em bolsa. Assim como determinadas companhias atuam em mais de uma divisão do setor elétrico, mas não foram mencionadas como principais por possuírem menor grau de relevância em determinado subsetor.
Riscos presentes no setor elétrico consolidado
No setor elétrico, existem três principais riscos aos quais o investidor deve se atentar ao investir em companhias listadas em bolsa:
- Risco climático: presente, principalmente, nas geradoras;
- Risco regulatório: presente no setor como todo, entretanto, predominantemente, em distribuidoras;
- Risco institucional: definido pela realização de medidas de cunho populista e por intervenção governamental em empresas ou no setor como um todo.
Como destaque, o risco institucional é definido por eventuais intervenções governamentais sobre empresas estatais ou privadas, assim como sobre o setor elétrico na totalidade. Na história do setor elétrico brasileiro, já ocorreram reduções tarifárias forçadas pelo governo, o que prejudicou, em variados níveis, os acionistas e as empresas inseridas no setor elétrico. Tal redução ou ausência de reajuste conforme índices de inflação, dependendo de seu tamanho, pode levar companhias inseridas no setor elétrico a incorrerem em lucros reduzidos ou em prejuízos.
Em aprofundamento ao risco climático, deve-se destacar que a partir do fato de que no Brasil predomina a geração hidroelétrica, períodos de seca podem ser prejudiciais às firmas geradoras, assim como às distribuidoras. Na ponta das geradoras, tem-se um custo mais elevado de geração. Ao passo que, na ponta das distribuidoras, revisões tarifárias e aumentos de preços podem aumentar o risco de inadimplência por parte dos clientes.
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