O mercado monetário é o local onde ocorrem operações financeiras de curto e curtíssimo prazo, ou em outras palavras, operações de grande liquidez.
Por causa disso, o Banco Central e as demais instituições financeiras fazem uso dele para conseguirem manter a liquidez da economia ou influenciá-la em algum sentido.
Alguns exemplos de transações que acontecem no mercado monetário são:
- Empréstimos e cessões de crédito diversas;
- Compra e venda de títulos públicos e privados com vencimento em até um ano.
E a lógica é bem simples: quanto maior for o volume movimentado em crédito e títulos, mais claramente a economia irá responder.
Tipos de títulos do mercado monetário
Como já mencionado no tópico anterior, o mercado monetário conta com dois grupos de títulos, os títulos públicos e os títulos privados.
Podemos entender os títulos públicos como sendo dívidas que o governo emite através do seu órgão, o Tesouro Nacional do Brasil, que são chamadas de Tesouro Nacional.
O Tesouro Nacional, por sua vez, é subdividido em três tipos::
- NTN – Nota do Tesouro Nacional;
- LTN – Letra do Tesouro Nacional;
- LFT – Letra Financeira do Tesouro.
Vale ressaltar que as dívidas que esses títulos representam, são oriundas do custeio dos serviços que o próprio governo oferece à população.
Depois temos os títulos privados, que são emitidos por instituições financeiras privadas, principalmente pelos bancos comerciais , que também servem para captar recursos.
Exemplos comuns de títulos privados emitidos:
Os recursos captados pelas instituições privadas, por sua vez, servem para oferecer empréstimos aos seus clientes e custear financiamentos.
O Mercado Monetário influencia a economia
O mercado monetário é um dos instrumentos usados pelo Banco Central para exercer influência sobre a economia de um país, e ele faz isso com a ajuda da Taxa Selic .
A Taxa Selic, por conseguinte, é um dos principais parâmetros usados para estipular as taxas que podem ser usadas nos títulos de renda fixa públicos ou privados.
E de forma resumida, quanto mais alta é a Selic, maiores são os custos para captação de recursos, em contrapartida, quanto menor for a Selic, menores são os custos.
Isso, por sua vez, influencia diretamente nos juros cobrados em empréstimos e financiamentos, que por fim podem facilitar ou dificultar as pessoas de conseguirem crédito.
Vale destacar que, quanto mais fácil é o acesso ao crédito, maior tende a ser o volume de dinheiro em circulação na economia, o que pode incentivar o desenvolvimento.
Todavia, o excesso de dinheiro em circulação pode gerar consequências negativas, tal como a inflação, e se a inflação é alta, as pessoas são desestimuladas a gastar.
Portanto, fica a cargo do Banco Central descobrir uma forma de equilibrar a oferta e a escassez de crédito usando os recursos do Mercado Monetário.