Escrito por:

Beatriz Stanis

De acordo com a Legislação brasileira, todas as empresas com Patrimônio Líquido (PL) igual ou superior a R$ 2.000.000,00 devem elaborar um documento chamado Demonstração de Fluxo de Caixa. Basicamente, o DFC mostra a diferença entre Receitas e Despesas, e, dessa conta de subtração, é tangível obter o Fluxo de Caixa.

Geralmente, o relatório é disponibilizado na página online das companhias, sob a aba Relação com Investidores, e pode ser encontrado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou no site da B3, a Bolsa de Valores nacional.

Esse relatório é relevante, pois fornece uma leitura de como a empresa pode crescer nos próximos anos, uma vez que revela os valores de entradas e saídas do caixa de uma entidade em um determinado período de tempo.

A Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC) leva em consideração as informações do Balanço Patrimonial (BP) e do Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e reúne um compilado de dados, os quais são subdivididos em três categorias:

Operacionais

Reúne gastos e receitas relacionados com a entrega de serviços de determinada empresa ou produção de bens materiais, critérios como:

  • (+) Recebimento de venda de produtos
  • (-) Pagamentos de Impostos sobre Faturamento
  • (-) Pagamento de Funcionários
  • (-) Pagamento de fornecedores
  • (-) Pagamentos de impostos e encargos
  • (-) Pagamento de juros.


Investimentos

Categoriza os Ativos Não Circulantes de um empreendimento, como participações societárias, compra e venda de imóveis e equipamentos, nesse grupo, encontra-se:

  • (+) Recebimento da Venda de Ativos Imobilizado
  • (-) Pagamento da Compra de Ativos Imobilizados

Financiamentos

Engloba os empréstimos e financiamentos e aponta os credores e investidores de uma empresa no curto prazo. As entradas dizem respeito à venda de ativos, venda de ações, empréstimos bancários e emissão de debêntures. As saídas se relacionam com pagamento desses empréstimos e pagamento de dividendos aos acionistas, então, fazem parte desse grupo:

  • (+) Captação de Empréstimos
  • (+) Aportes de Capital
  • (-) Amortização de Empréstimos
  • (-) Redução de Capital
  • (-) Pagamento de Dividendos


O DFC pode ser apresentado de maneira direta ou indireta.

  • Quando a apresentação é direta:é disponibilizado os pagamentos e recebimentos relacionados com as operações de uma empresa. Sendo assim, recebimentos de clientes, juros e dividendos creditados, pagamentos de empregados, fornecedores e Imposto de Renda devem aparecer no relatório.
  • De forma indireta: é voltado à demonstração de recursos originados de atividades operacionais a partir do seu lucro líquido. Sendo assim, essa forma indireta permite notificar alterações no capital de giro da empresa e aumentar ou diminuir o capital em caixa, sem discriminar especificamente as entradas e saídas.

Assim, a Demonstração de Fluxo de Caixa permite uma gestão saudável e transparente das empresas de capital aberto e serve como informe para os investidores e demais pessoas interessadas.

É a partir desse relatório que é possível apontar desvios e aplicar medidas corretivas em casos extremos, bem como fazer uma análise minuciosa para identificar o crescimento de fluxo de caixa, ao analisar DFCs de diferentes períodos.

Por fim, o DFC serve para a tomada de decisões de gestores nas empresas em investimentos e, até mesmo, corte nos gastos. Vale tudo para manter um Fluxo de Caixa saudável e constante.

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