Empresas de alimentos
Confira a lista das ações de alimentos listadas na bolsa
Conheça o setor alimentos
Confira os detalhes do setor alimentos
Atualmente é possível encontrar uma grande variedade de empresas do setor de alimentos atuando na economia brasileira. Estas empresas operam tanto na produção de alimentos essenciais, de maior demanda, quanto na produção de alimentos não essenciais.
Dada a grande diversificação das atividades relacionadas à alimentação, alguns produtos são caracterizados como itens de consumo que não são cíclicos, com uma procura mais constante e previsível. Já outros, por outro lado, são enquadrados na categoria de consumo cíclico, com demanda determinada tanto pelo contexto nacional quanto pela conjuntura internacional.
Portanto, as empresas do setor de alimentos operam desde o início da cadeia produtiva, até processamento e, posteriormente, comércio dos alimentos entregues ao consumidor final.
Setor de alimentos na Bolsa de Valores
Podemos citar as empresas relacionadas ao setor de alimentos, desde o início da cadeia produtiva até a comercialização dos produtos ao consumidor final:
- Companhias produtoras de grãos;
- Empresas produtoras de açúcar e derivados (etanol);
- Frigoríficos que atuam com o processamento e a venda de carne, couro e, inclusive, gado vivo;
- Produtoras de bebidas alcoólicas e não alcoólicas;
- Produtoras de massas, biscoitos, entre outros.
As empresas protagonistas no setor alimentício com capital aberto na bolsa de valores são:
- Camil (CAML3): Atua principalmente na produção de grãos e açúcar, com destaque para as marcar União, Camil e Carreteiro;
- Ambev (ABEV3): Protagonista no mercado de cervejas e, atualmente, expande-se para bebidas não alcoólicas;
- São Martinho (SMTO3): Atua na produção de açúcar e etanol, assim como na colheita e gerenciamento de terras para a produção da matéria-prima de ambos os produtos;
- M. Dias Branco (MDIA3): Produz massas e biscoitos;
- BR Foods (BRFS3): Empresa do ramo alimentício, fruto da fusão entre Sadia e Perdigão;
- JBS (JBSS3): Atuante no setor de carnes, com o processamento de bovinos, suínos, aves, etc;
- Minerva (BEEF3): Companhia que atua no processamento e venda de carne bovina;
- Carrefour (CRFB3): Atua no comércio de produtos alimentícios.
Empresas deste setor recorrem ao mercado financeiro não só com o objetivo de listar suas ações no ambiente de bolsa de valores.
Muitas delas buscam ainda financiar suas atividades por meio da emissão de títulos de renda fixa, tanto de curto quanto de longo prazo.
Isso pode ser feito, por exemplo, por meio da emissão de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio).
Vantagens do setor de alimentos
Para investidores que buscam perenidade em seus investimentos, se expor a empresas que produzem alimentos de consumo não cíclico pode ser uma opção interessante.
Isso porque essas empresas vendem produtos essenciais ao consumo diário, com poucas variações em sua demanda e lucros constantes.
Vale destacar ainda que várias empresas desse setor acabam se favorecendo em uma conjuntura de taxa de câmbio elevada.
Uma vez que exportam grandes quantidades de sua produção, essas companhias acabam sendo beneficiadas pelo dólar alto, de modo que isso pode fornecer bons retornos aos investidores.
Nesse cenário, as empresas que produzem carnes e grãos se destacam em termos de exportação.
Riscos do setor de alimentos
Entre as empresas de consumo cíclico, muitas possuem variações na produção de seus produtos, devido a sazonalidade presente tanto a nível nacional quanto internacional.
Em geral, empresas de consumo cíclico são empresas que tanto exportam alimentos quanto ofertam seus produtos nacionalmente.
Portanto, quando você investe em empresas dessa categoria, é importante que observe as perspectivas econômicas de longo prazo.
Outro ponto que vale frisar diz respeito ao endividamento. Existem vários casos em que as empresas do setor alimentício tem um alto grau de alavancagem, ou seja, um endividamento alto em relação a seu patrimônio líquido ou aos seus lucros.
Então, nos períodos onde a instabilidade econômica é mais forte, há uma queda na demanda de modo que a empresa pode ser afetada negativamente pela queda das receitas. Ao mesmo tempo, nesse cenário a capacidade de honrar com suas obrigações financeiras de curto e de longo prazo também pode ser comprometida.
Por fim, é interessante destacar os riscos a que certas empresas do setor de alimentos estão expostas em virtude de políticas ESG (Ambiental, Social e Governança).
Por meio de práticas de maior conscientização em relação ao meio ambiente, diversos fundos de investimentos e investidores institucionais dão preferência a companhias que adotam as práticas ESG. Sendo assim, empresas que atuam, por exemplo, com o abate de animais para o consumo de sua carne podem ser descartadas do portfólio dos Fundos.
Dessa forma, essas empresas estão expostas ao risco de receberem menor atenção dos grandes investidores caso não atualizem suas práticas e as alinhem com uma maior consciência ambiental.
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