A Embraer (EMBR3) anunciou uma nova parceria com a Mahindra Defense Systems da Índia e sua subsidiária Defense & Security, visando a venda de 40 a 80 unidades da aeronave C-390 Millennium.
Este acordo marca um passo significativo para a expansão da Embraer no mercado asiático, oferecendo um potencial de crescimento substancial na região.
Analistas do BTG Pactual, incluindo Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi, avaliam o acordo como um desenvolvimento positivo para a empresa brasileira.
Como resultado, o BTG recomenda a compra das ações EMBR3, estabelecendo um preço-alvo de US$ 19,00 para o ADR da Embraer (ERJ), que atualmente é negociado na NYSE por cerca de US$ 17,90.
A Mahindra, conhecida por ser uma das maiores multinacionais no mercado de equipamentos agrícolas e a maior produtora de tratores por volume, agora se aventura na defesa e segurança com a Embraer.
A colaboração sugere a possibilidade de estabelecer um polo de produção do C-390 Millennium na Índia, o que poderia servir como um catalisador para a instalação de uma planta de manufatura da Embraer no país, transferindo a linha final de produção para o continente asiático.
O BTG Pactual também menciona o interesse crescente em aeronaves C-390 Millennium por forças aéreas de diversos países, como Portugal, Hungria, Áustria, Coreia do Sul e Holanda, destacando a aeronave como um produto desejável no mercado internacional.
Apesar das preocupações com a proteção de propriedade intelectual, baseadas em experiências anteriores da Embraer na China, o BTG vê o potencial do acordo com a Índia como um passo positivo.
A análise sugere que conquistar 10% do mercado de aeronaves C-390 poderia adicionar valor significativo à Embraer.
Com a expectativa de uma retomada gradual na aviação comercial e estabilização nas viagens de classe executiva, a Embraer é vista com otimismo pelo BTG Pactual, que prevê uma valorização baseada em 8x EV/EBITDA.
Após o feriado de Carnaval, as ações da Embraer registraram uma queda de 1,11%, mas acumulam uma alta de 1,45% no ano, refletindo a confiança do mercado no potencial de crescimento da empresa.
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