Escrito por:

Beatriz Stanis

O viés de taxa de juros é a tendência que a taxa Selic irá seguir no próximo período de 45 dias, ela é definida junto com a própria taxa nas reuniões do Comitê de Política Monetária.

O Comitê de Política Monetária (COPOM), por sua vez composto pelo presidente do Banco Central e seus diretores, reúne-se a cada 45 dias, durante dois dias seguidos.

Nessas reuniões, além de definirem qual será a taxa de juros atual, eles também escolhem se o viés de taxa de juros será de alta, baixa ou neutra para a próxima reunião. 

Em outras palavras:

  • Viés de alta: indica que na próxima reunião a tendência é que taxa aumente;
  • Viés de baixa: indica que na próxima reunião a tendência é que a taxa diminua;
  • Viés neutro: indica que na próxima reunião a tendência é a taxa permanecer igual.

Vale destacar que, por mais que o viés indique uma determinada direção, o Banco Central não é obrigado a seguir a tendência que ele mesmo estabeleceu.

Aplicação do Viés de Taxa de juros

A principal utilização do viés de taxa de juros é sinalizar ao mercado financeiro quais serão as condições econômicas nas quais o país irá se encontrar no futuro próximo.

Tendo uma ideia do que irá acontecer no próximo período, os agentes econômicos podem se preparar decidindo aumentar ou diminuir a oferta de crédito.

O viés de taxa de juros é especialmente importante para instituições financeiras como bancos, que podem decidir, entre outras coisas:

  • Exigir mais ou menos garantias para a aquisição de empréstimos;
  • Aumentar ou diminuir as condições de juros e parcelamento oferecido.

O impacto que essas decisões acabam gerando na economia, por conseguinte, são tão grandes que podem alavancar os indicadores econômicos ou reduzi-los drasticamente.

Entretanto, é necessário entender de questões macroeconômicas e sociais para compreender a razão do aumento ou da diminuição da taxa Selic.

Como é definido o viés de taxa de juros?

Para definir de forma assertiva o aumento ou a diminuição da taxa de juros do país, o COPOM precisa considerar uma série de dados e análises.

A principal referência é a inflação acumulada do país, que tem uma meta definida pelo Comitê Monetário Nacional, a qual o Banco Central tenta alcançar.

Para ele conseguir atingir essa meta de inflação, ele precisa controlar a oferta de crédito, fazendo isso, portanto, com a definição da taxa de juros.

O consenso mais aceito é de quando a inflação está alta, a taxa básica de juros deve aumentar, quando ela está baixa, a taxa tem que diminuir até alcançar a meta.

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