O viés de taxa de juros é a tendência que a taxa Selic irá seguir no próximo período de 45 dias, ela é definida junto com a própria taxa nas reuniões do Comitê de Política Monetária.
O Comitê de Política Monetária (COPOM), por sua vez composto pelo presidente do Banco Central e seus diretores, reúne-se a cada 45 dias, durante dois dias seguidos.
Nessas reuniões, além de definirem qual será a taxa de juros atual, eles também escolhem se o viés de taxa de juros será de alta, baixa ou neutra para a próxima reunião.
Em outras palavras:
- Viés de alta: indica que na próxima reunião a tendência é que taxa aumente;
- Viés de baixa: indica que na próxima reunião a tendência é que a taxa diminua;
- Viés neutro: indica que na próxima reunião a tendência é a taxa permanecer igual.
Vale destacar que, por mais que o viés indique uma determinada direção, o Banco Central não é obrigado a seguir a tendência que ele mesmo estabeleceu.
Aplicação do Viés de Taxa de juros
A principal utilização do viés de taxa de juros é sinalizar ao mercado financeiro quais serão as condições econômicas nas quais o país irá se encontrar no futuro próximo.
Tendo uma ideia do que irá acontecer no próximo período, os agentes econômicos podem se preparar decidindo aumentar ou diminuir a oferta de crédito.
O viés de taxa de juros é especialmente importante para instituições financeiras como bancos, que podem decidir, entre outras coisas:
- Exigir mais ou menos garantias para a aquisição de empréstimos;
- Aumentar ou diminuir as condições de juros e parcelamento oferecido.
O impacto que essas decisões acabam gerando na economia, por conseguinte, são tão grandes que podem alavancar os indicadores econômicos ou reduzi-los drasticamente.
Entretanto, é necessário entender de questões macroeconômicas e sociais para compreender a razão do aumento ou da diminuição da taxa Selic.
Como é definido o viés de taxa de juros?
Para definir de forma assertiva o aumento ou a diminuição da taxa de juros do país, o COPOM precisa considerar uma série de dados e análises.
A principal referência é a inflação acumulada do país, que tem uma meta definida pelo Comitê Monetário Nacional, a qual o Banco Central tenta alcançar.
Para ele conseguir atingir essa meta de inflação, ele precisa controlar a oferta de crédito, fazendo isso, portanto, com a definição da taxa de juros.
O consenso mais aceito é de quando a inflação está alta, a taxa básica de juros deve aumentar, quando ela está baixa, a taxa tem que diminuir até alcançar a meta.