Escrito por:

Marjoel Moreira

O risco sistemático trata-se do risco de um sistema, como o sistema financeiro, bancário, de crédito e etc., ruir em decorrência de algum fator externo inevitável.

O risco sistemático afeta a todas as empresas e a toda a economia de um país, por exemplo. É claro que cada empresa ou setor é afetado de formas diferentes.

De qualquer forma, o investidor precisa estar ciente da possibilidade de um risco sistemático, ainda mais em uma economia global cada vez mais interligada.

Causas do risco sistemático

Existem muitos eventos que podem ser os desencadeadores de um risco sistemático. Entre estes fatores, podemos citar alguns mais comuns:

  • A falência de um banco;
  • Um desastre natural que afete a base da cadeia de produção;
  • Crises financeiras causadas por bolhas financeiras;
  • Pandemias de doenças sem cura ou tratamento eficaz;
  • Entre outros.

Alguns riscos sistemáticos são um pouco mais previsíveis do que outros. Se, por exemplo, a economia de um país está indo mal, é de se esperar que uma crise possa tomar forma.

Vale destacar que são inúmeras as razões para a economia de um país estar indo mal, desde má administração, corrupção ou mesmo outros fatores externos.

Inclusive, existe um termo específico para avaliar as condições de um país, o risco país. Se o risco país for alto, isso significa uma alta chance do país dar um calote em suas dívidas.

Um país que dá o calote em suas dívidas com credores internacionais demonstra não ter um bom ambiente para investimentos estrangeiros. E isso se reflete na economia.

Como se prevenir contra o risco sistemático

Existe apenas uma forma de se prevenir contra o risco sistemático, que é por meio da diversificação dos investimentos.

No caso, se estamos falando do risco de um determinado sistema passar por uma grande crise ou mesmo falir, a lógica então é investir em ativos de fora desse sistema.

Por exemplo, existem riscos no sistema financeiro brasileiro. Então, usando a lógica da diversificação, o investidor deve investir também no exterior.

As chances do Brasil e de outros países do exterior sofrerem ao mesmo tempo de uma mesma crise é pequena, porém não nula. 

Risco sistemático e risco não-sistemático

A existência do risco sistemático pressupõe a existência do risco não-sistemático. Em outras palavras, um risco que não afete todo o sistema.

Enquanto o risco sistemático define as situações e eventos que podem afetar a economia como um todo, o risco não-sistemático são os riscos menores, que afetam:

  • Segmentos da economia;
  • Empresas específicas;
  • Um único tipo de serviço.

Portanto, o risco não-sistemático pode ser muito mais facilmente contornado por meio da estratégia de diversificação.

Veja outros termos do mercado financeiro:

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