Governança Corporativa pode ser resumido nas práticas que uma empresa adota em sua administração e como elas afetam:
- Funcionários: há um plano de carreira e boas condições de trabalho para os colaboradores da empresa?
- Diretores: os diretores prestam contas corretamente e fazem uma administração eficiente?
- Investidores: os investidores têm acesso a informações financeiras, participam das decisões e recebem dividendos?
- Sociedade e clientes: os serviços ou produtos da empresa afetam de forma positiva a sociedade?
O fato é que uma empresa pode ter boas ou más práticas de Governança Corporativa, o que pode afetar os seus negócios e, consequentemente, o seu faturamento.
No entanto, vale destacar que a identificação de boas práticas de Governança Corporativa, não significa que a empresa se configure como um bom investimento.
Por outro lado, uma empresa que possui uma Governança Corporativa considerada boa, geralmente, consegue atender alguns princípios básicos muito importantes.
Os princípios da Governança Corporativa
São quatro princípios básicos que regem as regras de uma boa Governança Corporativa. São eles:
- Transparência: quando a empresa se compromete a compartilhar mais do que a obrigação por lei, ou seja, qualquer fato relevante além de dados financeiros;
- Equidade: significa tratar de maneira igual a todas as partes interessadas e relacionadas a empresa, levando em conta direitos, necessidades, deveres e etc;
- Prestação de contas: é necessário prestar contas de modo claro, conciso, compreensível, assumindo integralmente as consequências de seus atos;
- Responsabilidade corporativa: é o zelo pelo funcionamento e operação da empresa, comprometimento com uma gestão e um modelo de negócio sustentável.
Para que serve a Governança Corporativa?
A razão de ser da Governança Corporativa é garantir que todas as partes relacionadas direta ou indiretamente com a empresa estejam recebendo um tratamento justo.
O termo e o que se conhece como boas práticas hoje, começou a se popularizar nos anos 90, se intensificando bastante após as crises causadas por grandes empresas.
No Brasil, foi criado em 1995 o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, que visa justamente regulamentar aquilo que são consideradas boas práticas.
Em 1999, o IBGC fez o lançamento do seu Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa. Atualmente o livro já chegou a sua 5º edição.
Novo Mercado da B3
Na Bolsa de Valores brasileira, a B3, existem diferentes níveis de Governança Corporativa pelos quais uma empresa pode ser classificada.
Há desde o nível mais básico, que pressupõe apenas que a empresa apresente os documentos necessários e preste contas financeiras, como o mais alto, o Novo Mercado.
Essa classificação, por sua vez, foi criada em 2000. Para ver a lista completa das empresas que participam dele, basta acessar o site oficial da B3.
Para concluir, o Novo Mercado é o mais alto nível de Governança Corporativa da B3. Apenas empresas que adotam práticas voluntárias além do necessário se enquadram nele.