Os produtos de renda fixa tem características diferentes dos produtos da renda variável. Uma dessas características é a rentabilidade, que pode ser prefixada ou pós-fixada.
Títulos prefixados ou pós-fixados têm vantagem em cenários econômicos diferentes, que precisam ser analisados antes do investidor decidir aportar o seu dinheiro.
Também é muito importante entender como cada um destes títulos funcionam antes de se investir neles, pois a rentabilidade não é o único diferencial.
O que são títulos pós-fixados?
Os títulos pós-fixados são atrelados a algum indexador econômico, que é quem vai definir a rentabilidade do ativo ao longo do tempo. Ou seja, não é possível saber antes de investir.
Os indexadores mais comuns aos quais estes títulos se associam, são o IPCA (inflação) e a Taxa Selic (taxa de juros oficial). Mas podem existir outros indexadores.
Assim como muitos investimentos de renda fixa, os títulos pós-fixados são uma espécie de empréstimo a uma entidade, como o governo, uma empresa ou o banco, em troca de juros.
O dinheiro investido nesses títulos, por sua vez, é utilizado pela instituição para que ela consiga financiar os seus próprios serviços, pagar uma dívida ou expandir as operações.
Tipos de títulos pós-fixados
Alguns exemplos comuns de títulos pós-fixados os quais os investidores normalmente colocam o seu dinheiro, são:
- Títulos do tesouro: alguns tipos de títulos do tesouro são atrelados ao IPCA ou a Taxa Selic e definidos como pós-fixados;
- Fundos de DI: são fundos de investimento que aplicam o dinheiro dos cotistas em ativos de renda fixa que tem sua rentabilidade atrelada ao CDI ou a taxa Selic;
- CDB: O certificado de depósito bancário serve para financiar as atividades do banco, e as suas opções pós-fixadas geralmente usam a taxa DI como referência.
Características dos títulos pós-fixados
Geralmente os títulos pós-fixados são mais recomendados para investidores um pouco mais ousados, pois não existe uma garantia sobre a rentabilidade, tal como nos prefixados.
Por outro lado, alguns títulos pós-fixados também oferecem uma rentabilidade fixa, por exemplo um Tesouro Selic +3%, o retorno será a variação da taxa selic +3% fixos.
No entanto, estes títulos com rentabilidade fixa, são chamados de Títulos híbridos, mas não deixam de ser fundamentalmente títulos pós-fixados.
Também é importante lembrar que os títulos pós-fixados possuem uma data de resgate, que deve ser respeitada para que o investidor consiga o máximo possível de retorno.
Como investir em títulos pós-fixados
Para investir em títulos pós-fixados é necessário usar o intermédio de um terceiro, de uma instituição que faça a mediação entre o investidor e o investimento.
Geralmente quem faz isso são as corretoras de valores, os próprios bancos ou, no caso do Tesouro Direto, é possível investir usando a própria plataforma do governo.
No entanto, é muito importante que o investidor estude bem o cenário econômico do país presente, e o que como ele promete estar no futuro.
O fato é que os títulos pós-fixados são mais indicados para quem consegue analisar bem o mercado e prever a situação econômica do país.
Em uma situação de crise, por exemplo, pode ser interessante investir em títulos pós-fixados atrelados à taxa de juros e ao IPCA. Mas isso pode mudar em poucos anos.