Escrito por:

Marcilio Lima

O SMAL11, gerido pela BlackRock, se trata de um ETF (Exchange Traded Fund) que busca replicar o comportamento do Índice de Small Caps da bolsa brasileira, a B3.

Desse modo, o SMAL11 permite a exposição a mais de 130 empresas de menor capitalização no universo da bolsa brasileira.

Esse ETF adota uma estratégia de investimentos de gestão passiva, que consiste em apenas replicar a performance do índice de referência. Com base nisso, o fundo adquire ações que compõem o Índice de Small Caps em uma proporção similar.

O SMAL11 é constituído sob a forma de condomínio fechado, ou seja, para liquidar seu investimento o investidor deve vender suas cotas em bolsa de valores. Assim sendo, ao liquidar, o investidor somente vende suas cotas a outro investidor, de modo que o capital continua dentro do próprio fundo.

Vale destacar ainda que o fundo não cobra taxa de performance. A única taxa incidente sobre o investimento em SMAL11 se trata da taxa de administração do fundo, uma porcentagem de 0,50% ao ano.

Estratégia do SMAL11

Conforme mencionado, a estratégia do SMAL11 consiste em espelhar a performance do Índice de Small Caps da B3.

Então, à medida que o Índice de Small Caps passa por mudanças e atualizações, a carteira do SMAL11 é, igualmente, atualizada. Isso ocorre para manter a maior paridade possível com a performance do índice de referência.

Como consequência de uma gestão passiva, o SMAL11 entrega ao investidor uma carteira diversificada e com um baixo custo administrativo.

Os principais ativos que compõem a carteira do fundo são os seguintes:

  • SULA11;
  • TAEE11;
  • RAIZ4;
  • GOAU4;
  • RRRP3;
  • BRML3;
  • AZUL4;
  • SOMA3;
  • MULT3;
  • VIIA3.

Diante do exposto, é interessante destacar que o SMAL11 é um excelente instrumento para obter diversificação por meio de um baixo investimento e custos reduzidos.

Vantagens do SMAL11

A principal vantagem que o SMAL11 confere ao investidor se trata da enorme diversificação por meio de um baixo custo. Para se ter ideia, em julho de 2022 uma cota de SMALL11 valia cerca de R$ 90,00. Esse era o valor necessário para o investidor se expor em mais de 130 ativos da Bolsa.

Outra vantagem desse EFT diz respeito ao potencial de crescimento das empresas. Afinal, Small Caps são constituídas por companhias que se encontram em processo de crescimento, ou seja, possuem mais espaço para expandir suas atividades.

Vale destacar como ponto positivo também, a estrutura de baixo custo. Por meio de sua taxa de administração de apenas 0,5% ao ano, o SMAL11 pode até superar a performance de diversos fundos de ações com gestão ativa.

Isso ocorre devido ao fato de que, em diversos fundos de gestão ativa, as taxas de administração são altamente onerosas ao retorno líquido para o investidor. Para ilustrar, alguns fundos de ações no mercado possuem taxas de administração superiores a 2% ao ano.

Desvantagens do SMAL11

A principal desvantagem do SMAL11 diz respeito à gestão passiva. Na prática, como esse tipo de gestão replica o índice de referência, o investidor nunca irá conseguir superar o índice.

Isso ocorre com base no fato de que o fundo é altamente diversificado, portanto ele seguirá somente a média do índice.

Caso uma de suas ações suba de forma altamente acelerada, a cota do fundo será impactada em uma menor proporção.

Como comprar cotas do SMAL11

O processo de compra das cotas de SMAL11 é bastante simples. Em primeiro lugar, é necessário recorrer a uma corretora de valores para negociar os ativos.

Com o dinheiro na conta, o investidor já pode acessar o home broker e começar a operar. Para isso, ele deve inserir o código de negociação SMAL11 e preencher os dados básicos referente a quantidade e preço.

Uma vez inserido a quantidade desejada e o preço pelo qual se deseja comprar o ETF, basta enviar a ordem para execução e, por fim, conferir se a mesma foi completamente executada.

Uma dica para acelerar o processo de execução integral de uma ordem é realizá-la no mercado.

Para isso, basta selecionar a opção “ordem a mercado” e o sistema da corretora irá, automaticamente, realizar a compra dos ativos conforme a melhor oferta disponível no instante em que a ordem for emitida.

O SMAL11 paga dividendos?

Assim como os demais ETFs listados na bolsa brasileira, o SMAL11 não distribui dividendos aos seus cotistas.

Dado que as ações que compõem o SMAL11 pagam dividendos, a gestão do fundo os reinveste na carteira do próprio fundo, conforme as proporções do Índice de Small Caps da B3.

Haja vista que os dividendos recebidos são reinvestidos dentro do próprio fundo, a cota tende a se valorizar no longo prazo.

Dessa forma, apesar de não receber os dividendos diretamente em sua conta, a longo prazo o investidor “os recebe” por meio de valorização de suas contas.

Diante disso, é importante frisar que o SMAL11 não é um instrumento útil para compor uma carteira com foco em receber dividendos.

O SMAL11 possui imposto de renda?

Sim! No SMAL11, de forma similar aos demais ETFs e ações, o principal imposto incidente é o imposto de renda (IR) sobre o ganho de capital

Assim sendo, operações de Swing Trade são tributadas em 15% sobre o lucro. Ao passo em que compras e vendas feitas no mesmo dia, com lucro, possuem tributação de 20% sobre o lucro.

Vale destacar que caso tenha prejuízo, o investidor não precisa pagar impostos.

Cabe destacar que tanto o SMAL11 quanto os demais ETFs da bolsa brasileira não desfrutam da isenção de IR nas vendas com montante abaixo de R$20 mil por mês. Nesse caso, a isenção é válida somente para ações.

Por fim, vale lembrar que o cálculo, a cobrança e o pagamento do IR são de inteira responsabilidade do investidor. Portanto, os percentuais acima não são retidos na fonte como no caso de investimentos de renda fixa.

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