Escrito por:

Marjoel Moreira

O risco moral é o risco inerente que qualquer investidor, negociante ou empreendedor corre ao decidir firmar um negócio com alguém que ele não conheça.

Esse risco está relacionado à moral do indivíduo, que na filosofia é o atributo que mede se uma pessoa está disposta a seguir as regras e não agir de forma a prejudicar o outro.

No entanto, para que o risco moral de fato tome forma, é necessário que um dos elementos envolvidos em uma situação possua mais informações do que outro.

Com acesso a essas informações privilegiadas, esse indivíduo se omite de revelar que ele está mais inteirado do assunto e age como se nada soubesse demais.

O que acontece é que a ação desse indivíduo que possuía mais informações, acaba sendo mais assertiva, trazendo mais retornos a ele do que a parte desinformada da negociação.

De qualquer forma, é importante destacar que o risco moral pode estar presente em várias situações diferentes, como, por exemplo:

  • Antes de se fazer um investimento financeiro, o que pode envolver a aquisição de um produto ou serviço;
  • Quando uma empresa precisa contratar um funcionário, mas não há como verificar a idoneidade e eficiência deste;
  • Durante a contratação ou oferta de crédito a terceiros, mesmo que haja um contrato envolvido.

Os problemas do risco moral

Existem duas situações comuns relacionadas ao risco moral. São elas:

  • Problema agente-principal: o principal contrata serviços do agente, mas o agente sabe mais sobre o principal, isso reduz o controle do principal sobre o agente;
  • Problema da seleção adversa: ocorre quando não é possível distinguir bons e maus produtos ou trabalhadores entre, deixando a escolha ao acaso.

Como reduzir o risco moral

A forma mais natural de se reduzir o risco moral é obtendo o máximo possível de informações fidedignas a respeito da pessoa com quem se quer negociar, ou produto.

Como essa forma de agir possui limitações logísticas e diferentes graus de sucesso, outra alternativa que pode ser utilizada é a exigência de sinais ou provas de confiança.

Um exemplo comum está relacionado a forma como uma seguradora opera. Para poder desfrutar do seguro, os clientes precisam concordar que irão minimizar os próprios riscos. 

Em outras palavras, isso significa que eles concordam em não se colocarem deliberadamente em situações de risco apenas para conseguirem o prêmio.

Ao contratar um funcionário, a empresa pode exigir referências de outros lugares em que ele tenha trabalhado, como certificados, diplomas, recomendações e etc.

Por fim, o governo também pode oferecer alguma proteção contra o risco moral no mercado de crédito, usando o instrumento chamado FGC

Mas de qualquer forma, é importante lembrar que o risco moral sempre existirá, assim como os demais outros riscos.

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