Escrito por:

Marcilio Lima

O GOLD11, gerido pela XP Asset e administrado pelo BNP Paribas, é o primeiro ETF da Bolsa a investir em ouro.

Para isso, o fundo adota uma estratégia de gestão passiva que visa somente seguir a valorização do ouro.

Assim sendo, o principal ativo detido na carteira do GOLD11 é o ETF iShares Gold Trust, listado na NYSE (New York Securitires Exchange). Representado pelo código de negociação IAU, esse ETF norte americano se expõe ao ouro no mercado dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, é interessante destacar que o GOLD11 entrega ao investidor uma exposição ao ouro por meio de uma estrutura de baixo custo. Afinal, a gestão passiva permite que o fundo reduza as taxas de administração.

Quais ativos compõem a carteira do GOLD11?

O único ativo que compõe a carteira do GOLD11 é o ETF norte-americano iShares Gold Trust, listado no exterior por meio do código de negociação IAU.

O IAU, por sua vez, replica a variação do preço do ouro no mercado internacional, medida pelo LBMA Gold Price.

Como resultado, o ETF GOLD11 entrega ao investidor praticidade de investir aliada aos custos reduzidos de uma gestão passiva e baixo valor de investimento por cota. Em julho de 2022, uma cota do ETF GOLD11 valia cerca de R$10.

Vantagens do GOLD11

Em primeiro lugar, a principal vantagem do GOLD11 se resume à praticidade que a estrutura do fundo fornece ao investidor.

Afinal, para ter acesso às cotas, os investidores podem comprar os ETFs como qualquer outro fundo de ações ou fundo imobiliário.

Além disso, a listagem no ambiente de negociação da B3 evita que o investidor abra conta no exterior para realizar sua exposição, assim como facilita o monitoramento da carteira.

Do mesmo modo, a liquidez de negociação é uma vantagem importante a ser destacada. Muito disso tem a ver com a vantagem da praticidade. Afinal, dada a liquidez no ambiente do mercado de ações, os investidores podem facilmente comprar e vender ativos a preços determinados no ambiente de mercado.

Na sequência, é válido destacar o GOLD11 como uma estrutura de baixo custo, tanto em termos de taxas de administração quanto em termos de custos de transação.

Isso porque o GOLD11 pratica uma taxa de administração de apenas 0,3% ao ano. Dessa forma, por meio desse ETF, os investidores podem evitar custos de transação e custódia física do metal, ao mesmo tempo em que mitigam os riscos associados à custódia física de ouro.

Por fim, não podemos deixar de falar sobre a resiliência de valor do ouro no mercado. Dessa forma, o GOLD11 pode performar como opção para reserva de valor em carteiras, especialmente em momentos de crise.

De um modo geral, há uma certa correlação negativa entre ouro e bolsas de valores. Portanto, o ouro tende a subir de valor em determinados momentos em que as bolsas caem.

Dado o comportamento tipicamente inverso do ouro em relação à bolsa de valores, o GOLD11 pode ser uma ferramenta útil em mitigar perdas da carteira, especialmente se ela possuir uma concentração relevante em ativos de renda variável.

Desvantagens do GOLD11

Apesar de ser uma estrutura de baixo custo administrativo, o GOLD11 impõe, ao investidor, uma dupla cobrança de taxas de administração.

Isso ocorre devido ao fato de que o ETF no qual o GOLD11 investe, o IAU, possui uma taxa de administração de 0,25% ao ano, somada aos 0,3% do ano da estrutura do ETF brasileiro, listado na B3.

Além disso, embora o ouro seja negociado a valor de mercado, os investidores não têm custódia e não podem negociar ouro por bens e serviços.

Entretanto, o uso do ouro como meio de transação não é interessante, dada a evolução que a tecnologia trouxe aos meios de pagamento.

Taxas do GOLD11

A única taxa incidente sobre o investimento em GOLD11 se trata da taxa de administração da estrutura do ETF. Em suma, o fundo possui uma taxa de administração de 0,3% ao ano. Vale destacar que não há cobrança de taxa de performance e nem de taxas de entrada e de saída.

Em sentido contrário, determinados fundos negociados diretamente em plataformas de corretoras costumam cobrar taxas de administração muito mais altas. Para uma estratégia de gestão passiva, diversos fundos possuem taxas ao nível superior a 1% ao ano.

Como comprar cotas do GOLD11?

O processo de compra das cotas de GOLD11 é bastante simples. Em primeiro lugar, é necessário recorrer a uma corretora de valores para negociar os ativos.

Com o dinheiro na conta, o investidor já pode acessar o home broker e começar a operar. Para isso, ele deve inserir o código de negociação GOLD11 e preencher os dados básicos referente a quantidade e preço.

Uma vez inserido a quantidade desejada e o preço pelo qual se deseja comprar o ETF, basta enviar a ordem para execução e, por fim, conferir se a mesma foi completamente executada.

Uma dica para acelerar o processo de execução integral de uma ordem é realizá-la no mercado.

Para isso, basta selecionar a opção “ordem a mercado” e o sistema da corretora irá, automaticamente, realizar a compra dos ativos conforme a melhor oferta disponível no instante em que a ordem for emitida.

O GOLD11 paga dividendos?

Não! O GOLD11 não paga dividendos por duas razões principais. Em primeiro lugar, tem-se que os ETFs brasileiros não pagam dividendos. Em seguida, o GOLD11 se baseia em investir em um ativo que não gera fluxo de caixa, ou seja, diferente de uma empresa, o ouro é somente um metal com valor intrínseco, ele não gera lucro/movimentação de dinheiro a ser distribuída.

Com base nisso, o GOLD11 não é uma ferramenta útil para formar um portfólio focado em dividendos. Afinal, no caso do GOLD11, a principal forma de lucro é a valorização do valor de mercado do ouro.

O GOLD11 possui imposto de renda?

Sim! Tanto o GOLD11 quanto os demais ETFs listados no ambiente de negociação da B3 possuem a cobrança de imposto de renda (IR).

Inicialmente, o imposto de renda é incidente somente sobre o lucro, logo, o investidor não precisa pagar IR se vender suas cotas com prejuízo.

A partir disso, operações de compra e venda realizadas em dias diferentes (Swing Trade) e com lucro, são tributadas em uma alíquota de 15% sobre o ganho de capital.

Enquanto as operações de compra e venda realizadas, com lucro, no mesmo dia (Day Trade) possuem a tributação de 20% sobre o lucro.

Por fim, cabe destacar que tanto o GOLD11 quanto os demais ETFs da bolsa brasileira não desfrutam da isenção de IR nas vendas com montante abaixo de R$20 mil por mês. Nesse caso, a isenção é válida somente para ações.

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