Escrito por:

Marcilio Lima

O GENB11 é um fundo de índice, conhecidos como ETFs (Exchange Traded Funds) focado em investir em empresas de alto potencial de crescimento, baseadas nas bolsas de valores dos EUA.

Logo, o fundo foca em empresas de alto crescimento e se consolida como uma opção de investimento internacional.

A diversificação internacional da carteira do investidor é tanto para mitigar riscos relacionados ao Brasil quanto para exposição em empresas de maior potencial de crescimento, negociadas em um mercado mais desenvolvido, nas bolsas de valores dos Estados Unidos.

Afinal, nos EUA há um maior número de empresas de maior potencial listadas nas bolsas, assim como uma economia com maior desenvoltura.

O GENB11 é uma opção de investimento de foco internacional, voltada para empresas de alto crescimento. Dessa forma, dentre as empresas que compõem sua carteira, o setor predominante do fundo é o setor de tecnologia.

Para isso, o fundo se baseia no índice S&P/B3 Ingenius, que adota uma metodologia própria, formulada pela S&P e licenciada com exclusividade para uso do GENB11 no mercado de capitais brasileiro.

As ações que compõem o fundo são classificadas pelo seu portal de relações com investidores como “ações internacionais de alto crescimento e que pertençam à categoria de subindústrias inovadoras do GICS®.”

GICS corresponde Global Industry Classification Standard, traduzido para Padrão Global de Classificação Industrial em português.

As ações presentes no GENB11, apesar de serem baseadas nas bolsas de valores dos EUA, podem ser adquiridas tanto via BDRs, negociadas por meio da B3, quanto via stocks, negociadas diretamente nos EUA.

O GENB11 alinha uma diversificação internacional a uma grande praticidade e a um baixo custo ao investidor. Ao adquirir somente 1 cota de GENB11, o investidor possuirá uma diversificação em empresas internacionais de alto crescimento, por meio de um investimento inferior a R$100 na B3.

Para isso, o GENB11 adota a estratégia denominada de gestão passiva, que se resume a replicar a carteira e, consequentemente, o desempenho do índice de referência. Estratégias mais avançadas para tentar superar o índice são dispensadas.

Isso torna a gestão do GENB11 mais simples e barata. Consequentemente, o investidor se beneficia de menores taxas de administração sobre seu investimento.

O GENB11 conta com sua gestão realizada pelo BTG Pactual, além de ser constituído como um condomínio fechado. Isso basicamente significa que suas cotas são compradas e vendidas pelo ambiente da B3, através do homebroker de qualquer corretora.

O GENB11 não possui concorrentes diretos, que replicam o mesmo índice. Afinal, seu índice de referência é licenciado com exclusividade ao GENB11.

A estratégia do GENB11

O GENB11 possui a estratégia de investir em empresas de alto potencial de crescimento e alinhar essa diversificação a um baixo custo ao investidor. O fundo investe majoritariamente em empresas focadas em tecnologia e baseadas nas bolsas de valores dos EUA.

Para cumprir com seu objetivo, o GENB11 replica a composição do índice S&P/B3 Ingenius, que possui uma metodologia própria elaborada pela S&P.

Inicialmente, as ações podem ser adquiridas tanto via BDRs, negociadas pela B3, quanto via stocks, negociadas diretamente nas bolsas dos EUA. Além disso, as empresas presentes no GENB11 devem ter uma capitalização superior a US$50 bilhões.

As ações presentes no fundo não podem ultrapassar 20% de peso da carteira do GENB11, em prol de evitar uma concentração excessiva em qualquer papel.

Com base na estratégia de alto potencial de crescimento, a maioria das empresas presentes no GENB11 possui uma relação próxima com o setor de tecnologia.

Resumidamente, são presentes no GENB11 ações de setores como os seguintes exemplos:

  • Tecnologia;
  • Semicondutores;
  • Varejo;
  • Financeiro e fintechs;
  • Computação em nuvem;
  • Viagens e turismo;
  • Entre outros;

Para alinhar essa diversificação a um baixo custo, o GENB11 atua a estratégia de gestão passiva, voltada a replicar o desempenho de seu índice de referência.

Dessa forma, a gestão do fundo se torna mais simples e barata. Isso se converte, como benefício ao investidor, em menores taxas de administração em relação aos demais tipos de fundos de investimento.

Quais ativos compõem a carteira do GENB11?

A carteira do GENB11 é composta pelas ações presentes em seu índice de referência, o Índice S&P/B3 Ingenius. O fundo replica a carteira do índice em prol de replicar seu desempenho.

No geral, o principal setor presente no índice e, consequentemente, no fundo é o setor de tecnologia e empresas de demais setores, porém que adotam maior tecnologia.

A composição do índice S&P/B3 Ingenius e, consequentemente, do GENB11 é atualizada anualmente, momento em que pode ocorrer tanto a entrada quanto a saída de empresas da carteira do fundo.

Além disso, o GENB11 é composto somente por ações negociadas nas bolsas dos EUA, seja via BDRs, negociadas pela B3, ou stocks, negociadas diretamente nos EUA. Assim como nenhum ativo pode representar mais que 20% da carteira do GENB11.

A composição mais atualizada do GENB11 pode ser conferida em seu portal de relações com investidores.

Vantagens do GENB11

Inicialmente, temos como principal vantagem do GENB11 sua diversificação e os impactos positivos gerados por essa diversificação.

Em primeiro momento, o GENB11 é diversificado em um número relevante de empresas e de setores. Dessa forma, o fundo possui menor dependência sobre apenas uma empresa ou um setor, o que reduz seus riscos.

Além disso, o fundo é internacionalmente diversificado. Isso contribui para reduzir os riscos relacionados ao Brasil da carteira do investidor, como crises e instabilidades políticas. Assim como o fundo expõe o investidor a um mercado mais desenvolvido e a uma moeda mais forte, o dólar.

A diversificação do GENB11 carrega consigo uma grande praticidade. Visto que ao investir em GENB11 o investidor já estará diversificado em diversas empresas e ao ambiente internacional.

Essas vantagens são altamente acessíveis, dado que as cotas de GENB11 negociam a menos de R$10 no ambiente de negociação da B3.

Isso beneficia aos investidores iniciantes, com menores recursos para investir e com menor conhecimento em relação ao mercado e ao investimento internacional. Assim como os investidores que desejam gastar menos tempo em estudar empresas e opções de investimento, visto que o GENB11 é um canal prático e diversificado.

Em termos de retorno, apesar de seguir um índice de referência, o fundo apresentou um retorno mais favorável em relação ao índice. Mesmo no recente cenário de queda, o GENB11 caiu significativamente menos que seu índice de referência.

Por fim, o GENB11 usufrui das vantagens da gestão passiva. A principal delas é a taxa de administração menor em relação às demais opções para investimento no exterior, focadas em empresas de crescimento.

Desvantagens do GENB11

O GENB11 possui como desvantagem a falta da possibilidade de personalizar a carteira do fundo. Visto que o fundo deve seguir a carteira de seu índice de referência, a possibilidade de eliminar empresas que historicamente possuem uma performance inferior se torna limitada.

Além disso, existem desvantagens em relação ao imposto de renda.

Em geral, isso ocorre com relação aos dividendos pagos pelas empresas presentes no fundo, pois eles são tributados duas vezes.

Ocorre a tributação pelo governo dos EUA, de 30% retidos na fonte. Em sequência, dado que os dividendos devem ser reinvestidos internamente pelo próprio fundo, ao vender cotas com lucro o investidor paga IR parcialmente sobre os dividendos.

Isso ocorre pois a venda de cotas de ETFs, caso do GENB11, com lucro não conta com nenhuma isenção de imposto de renda, diferentemente das vendas de ações por exemplo, isentas até R$20 mil por mês.

Quais são os riscos do GENB11?

O GENB11 é um fundo que investe praticamente todo o patrimônio sobre gestão em ações internacionais. Dessa forma, o fundo possui os principais riscos relacionados ao investimento em ações, acrescido do risco cambial.

Inicialmente, o principal risco envolvido no GENB11 é o risco de mercado. Esse risco se resume à possibilidade de variações negativas nos preços das ações presentes na carteira do fundo, o que tende a impactar negativamente o valor da cota de GENB11 na B3, tudo mais constante.

Esse risco é acrescido no risco cambial. Em virtude do fundo investir em ações baseadas no exterior, seu patrimônio é dolarizado. Portanto, se o dólar perder valor, tudo mais constante, a cota de GENB11 também tende a se desvalorizar.

Por fim, temos presente o risco de liquidez relacionado ao próprio GENB11. Atualmente, o fundo possui um baixo volume de negociações do ambiente da B3. Isso tende a dificultar e, em casos extremos, inviabilizar, a compra e a venda de cotas de GENB11.

O risco de liquidez também pode se materializar por uma grande diferença de preço entre as ofertas de compra e de venda de cotas de GENB11.

O GENB11 possui a garantia do FGC?

Não! O GENB11 e os demais ETFs negociados na B3 não são contemplados pela garantia do Fundo Garantidor de Crédito, conhecido como FGC. Não há garantia tanto de proteção do valor inicial investido quanto de rentabilidade mínima do fundo.

O administrador e o gestor do fundo, igualmente, não fornecem garantias tanto de rentabilidade quanto de proteção do valor inicial investido. Assim como ambos não são, legalmente, responsáveis por volatilidade no preço do fundo, causada por forças naturais do mercado.

O GENB11 é um fundo de renda variável, a rentabilidade depende unicamente da valorização de suas cotas no ambiente da B3, que não possui qualquer garantia para ocorrer.

Taxas do GENB11

Nos investimentos em GENB11 o único custo presente, por parte do fundo, se trata da taxa de administração de sua estrutura. A taxa de administração do GENB11 é atualmente de 0,25% ao ano sobre o patrimônio em sua gestão.

Demais tipos de taxa (performance, gestão, entrada, saída, carregamento...) não são presentes no GENB11. O único possível custo adicional é a corretagem, taxa cobrada por sua corretora. Porém, a maioria das corretoras já zerou suas taxas de corretagem.

Frente ao mercado de ETFs ligados a investimento no exterior, a taxa do GENB11 está em um patamar coerente com demais pares que oferecem uma exposição mais personalizada.

O destaque em GENB11 ocorre frente às demais alternativas de investimento no exterior, focadas em tecnologia, como fundos de ações (FIAs), multimercados e COEs. Esses costumam praticar taxas significativamente maiores que as taxas do GENB11.

Como comprar cotas do GENB11?

O processo de compra das cotas de GENB11 é bastante simples. Em um primeiro momento, é necessário recorrer a corretora de sua preferência, na qual se pode negociar ativos em bolsa. Em seguida, basta inserir o código de negociação GENB11 e preencher os dados básicos da ordem: quantidade e preço.

Uma vez inserido o código de negociação, basta inserir a quantidade desejada e o preço pelo qual se deseja comprar tal quantidade de cotas. Feito isso, basta enviar a ordem para execução e, por fim, conferir se a ordem foi completamente executada.

Adicionalmente, uma boa forma de agilizar a execução integral de uma ordem é realizá-la a mercado. Para isso, basta selecionar a opção “ordem a mercado” e o sistema digital de sua corretora irá, automaticamente, realizar a compra de cotas conforme a melhor oferta disponível no instante em que a ordem for emitida.

Qual é o público-alvo do GENB11?

O GENB11 é um fundo destinado aos investidores em geral. Qualquer investidor pode adquirir cotas de GENB11 por meio do ambiente de negociação da B3, sem a existência de qualquer restrição.

Conforme o portal de relações com investidores (RI) do GENB11, o fundo é destinado aos investidores gerais que compreendam seus riscos e busquem uma rentabilidade condizente com o objetivo de investimento do fundo.

Logo, qualquer investidor, tanto pessoa física (PF) quanto pessoa jurídica (PJ), pode comprar cotas de GENB11, sem restrições em termos de conhecimento técnico do investidor ou de seu patrimônio acumulado no mercado financeiro.

O GENB11 paga dividendos?

Não! Tanto o GENB11 quanto todos os ETFs presentes na B3 não distribuem dividendos aos investidores. Isso ocorre com base em limitações regulatórias, que impedem que os ETFs brasileiros distribuam dividendos.

Dessa forma, ao receber dividendos das empresas presentes em sua carteira, o GENB11 os reinveste internamente, em sua própria estrutura, nas empresas que o compõem.

Logo, o valor dos dividendos, ao ser reinvestido, se torna incorporado ao valor da cota de GENB11, ou seja, fica “dentro do valor” da cota e contribui com sua valorização a longo prazo.

Dessa forma, o investidor recebe seus dividendos de forma indireta, via reinvestimento dos valores. Porém, o GENB11 não é útil para compor uma carteira voltada a receber dividendos, dado que os dividendos serão reinvestidos no próprio fundo.

O GENB11 possui imposto de renda?

Sim! O GENB11, assim como os demais ETFs listados no ambiente da B3, possuem a cobrança de imposto de renda (IR). A cobrança de IR em GENB11 ocorre somente no ato da venda de cotas, desde que a venda ocorra com lucro. Além disso, o IR índice apenas sobre a fatia de lucro, não sobre o valor total da venda.

Logo, ao vender cotas de GENB11 com prejuízo, não ocorre a cobrança de IR. Assim como não há cobrança de come-cotas e de IOF, como em demais tipos de fundos.

Nas operações de Day Trade, onde a compra e a venda de cotas ocorrem no mesmo dia, com lucro, a porcentagem de IR devida é de 20% sobre o lucro obtido com a movimentação.

Ao comprar R$10.000 em GENB11, por exemplo, e vender as cotas por R$11.000, o investidor obtém um lucro de R$1.000. Nesse caso, o IR a pagar é de R$200.

Já nas operações de Swing Trade, nas quais a compra e a venda de cotas ocorrem, com lucro, em dias diferentes, a alíquota de IR a pagar é de 15% sobre o lucro obtido com a movimentação.

Para as operações de Swing Trade, vale o mesmo exemplo das operações de Day Trade, porém com a alíquota de 15%. O IR nesse caso seria de R$150.

Adicionalmente, em GENB11 e outros ETFs não ocorre a retenção do IR na fonte, como ocorre nos investimentos de renda fixa, por exemplo. A responsabilidade pelo pagamento do IR é exclusivamente do investidor.

O investidor deve, por conta própria ou por meio de serviços contáveis, calcular o IR devido e pagá-lo via DARF, um “boleto de impostos”, até o último dia útil do mês seguinte à venda de cotas com lucro.

O GENB11 possui isenção de IR para venda até R$20 mil por mês?

Não! O GENB11, em linha com os demais ETFs listados na B3, não possui a isenção de imposto de renda (IR) para a venda de cotas com lucro limitada a uma quantia total de R$20 mil por mês. Esse é um benefício fiscal válido somente para o caso de vendas de ações.

Portanto, todas as vendas de GENB11 com lucro terão a cobrança de IR, conforme as condições mencionadas acima.

Quanto rende o GENB11?

O rendimento do GENB11 é atrelado à valorização do Índice S&P/B3 Ingenius, focado no investimento em ações internacionais, via BDRs ou negociação direta nos EUA, de alto potencial de crescimento. O fundo replica a carteira e, consequentemente, o retorno do índice.

Adicionalmente, o retorno do GENB11 é impactado pelos dividendos pagos pelas empresas presentes na carteira do fundo. Afinal, conforme requisitos legais, os dividendos recebidos por ETFs devem ser reinvestidos em sua própria estrutura e isso contribui com a valorização das cotas do fundo a longo prazo.

O GENB11 possui concorrentes?

Sim, porém são somente concorrentes indiretos. O índice S&P/B3 Ingenius é, atualmente, licenciado somente para o GENB11 com exclusividade. Portanto, não há concorrentes que replicam o mesmo índice no mercado brasileiro.

Os concorrentes mais próximos do GENB11 são demais ETFs focados em empresas de tecnologia negociadas nas bolsas dos EUA. Assim como ETFs que replicam demais índices com alta concentração no setor de tecnologia concorrem com o GENB11 em certo nível.

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