Escrito por:

Beatriz Stanis

Os Fundos Quantitativos são produtos sofisticados do mercado de capitais, pertencentes à categoria de Multimercado. Tais fundos utilizam inteligência artificial e algoritmos para operar, por meio de programas computacionais, escolhendo entre todas as opções disponíveis no mercado, como títulos de dívida pública ou privada, ações, ETFs, commodities, câmbio, entre outros.

Sendo assim, tais programas fazem uma análise detalhada (matemática e estatística) dos históricos de mercado para identificar as assimetrias de preços, procurar por padrões de comportamento, tanto dos ativos, quanto dos investidores, para a composição de uma carteira rentável. Dessa forma, os recursos tecnológicos conseguem desempenhar uma varredura mais ampla e completa e com muito mais informações, obtidas em menos tempo.

Os Fundos Quantitativos ainda contam com um gestor, porém as decisões tomadas por ele são totalmente embasadas no que foi apresentado pelos programas computacionais e algoritmos. Toda decisão de compra e venda de ativos tem o embasamento dessa análise sofisticada de softwares específicos.

Vale mencionar que há diferentes Fundos Quantitativos a respeito da aceitação de risco nas operações e prazo do investimento, o que atrai muitos investidores com objetivos distintos. 

A principal vantagem desses fundos é a avaliação livre de opiniões enviesadas e reações emocionais para a definição dos ativos que irão constituir o portfólio, o que conta muito no mercado financeiro.

A grande desvantagem desses fundos é o fato de que a economia é muito dinâmica e volátil e acontecimentos relevantes ao mercado podem se apresentar a qualquer momento, o que abre espaço para equívocos nas análises automatizadas. Ainda, os Fundos Quantitativos podem apresentar liquidez reduzida, o que dificulta a retirada do investimento em momentos de necessidade.

A respeito de taxas e emolumentos, os Fundos Quantitativos têm o mesmo funcionamento que os fundos tradicionais, ou seja, seguem a tabela regressiva de tributação e há a alíquota de 15% sobre o lucro no momento da venda das cotas do fundo, além de custos com taxas de administração e performance.

Por fim, os Fundos Quantitativos são pouco maduros no Brasil, mas, em mercados mais desenvolvidos, como o norte-americano, há excelentes resultados, o que prova a possibilidade de crescimento desse produto em solo nacional.

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