Escrito por:

Beatriz Stanis

Os Fundos Abutres, ou Vulture Funds, uma vez que são populares em países desenvolvidos, são investimentos arriscados e pouco líquidos, com o objetivo de alcançar um alto potencial de retorno. Já pelo nome do fundo, já é possível perceber qual é o objetivo em questão, ou seja, obter um lucro fácil, sem muito esforço.

Dessa maneira, esses fundos são voltados para a compra de títulos de crédito de devedores com alta probabilidade de inadimplência ou calote (junk bonds), bem como para a aquisição de ações de empresas muito próximas da falência ou em processo de recuperação judicial.

Como tais títulos ou ações são consideradas como perdidas ou ameaçadoras demais pelas agências de investimentos especializadas, o preço de aquisição é muito baixo. Assim, no caso das ações, há maior espaço para a valorização. No caso de títulos de dívida, os juros são mais altos que a média.

Os Fundos Abutres podem encontrar atratividade em empresas com dificuldades financeiras ou mesmo em nações que estão com problemas para quitar dívidas públicas, como foi o caso da Argentina, no começo do milênio.

É comum que os investimentos em Fundos Abutres venham a ser resolvidos judicialmente. Inclusive, esse é um dos desfechos esperados pelos gestores, os quais aproveitam a oportunidade para pedir mais juros, embargos e penalidades para potencializar a rentabilidade do fundo. Contudo, nunca se sabe o que determinado juiz pode determinar para que a dívida de crédito seja quitada, o que adiciona ainda mais risco aos Fundos Abutres.

Tais fundos são extremamente polêmicos, porém muitas empresas conseguiram se reerguer em um processo de turnaround por conta de Fundos Abutres, os quais, independentemente de sua motivação, são capazes de “ressuscitar” companhias e negócios. Porém, a abordagem predatória desses fundos é inegável e inquestionável.

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