Escrito por:

Beatriz Stanis

Os Fundos de Renda Fixa tratam-se de uma modalidade bastante tradicional de investimentos, a qual atrai investidores conservadores ou aqueles com desejo de deixar a caderneta de poupança para obter uma rentabilidade mais atrativa.

Para que um fundo seja classificado como de Renda Fixa, pelo menos 80% de seu patrimônio líquido precisa ser aplicado em ativos atrelados à variação da taxa básica de juros, a Selic, ou outros índices previsíveis de mercado, como o CDI.

Sendo assim, tal investimento funciona como um empréstimo para empresas, bancos ou mesmo o Governo, que será pago com juros em um período determinado e limitado.

Como em qualquer fundo de investimento, um grupo de investidores reúne uma certa quantia a ser investida por um gestor qualificado. Desse modo, tais fundos realizam aplicações em:

  • CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), 
  • LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), 
  • LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio),
  • Debêntures, 
  • Títulos Públicos Federais do Tesouro Direto 
  • Entre outras modalidades.

Em troca de uma gestão especializada, os investidores pagam uma taxa de administração e, em alguns casos, uma taxa de performance. Um ponto de bastante atenção é que, apesar de investimentos em Renda Fixa terem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), na maioria dos casos, um Fundo de Renda Fixa não possui essa segurança.

A respeito da tributação, há a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), em aplicações que são inferiores a 30 dias, e do Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva, ou seja, quanto maior é o prazo da aplicação, menor é a cobrança.

Os Fundos de Renda Fixa são divididos em dois grupos:

  • aplicação de longo prazo (com vencimento superior a 365 dias, em média)
  • aplicação de curto prazo (a aplicação dura menos de 365 dias, em média). 

Tal divisão acontece para otimizar a cobrança do Imposto de Renda.

Vale pontuar que a cobrança do imposto ocorre semestralmente, por meio da política de come-cotas, pois, a fim de abater a cobrança compulsória, os gestores recolhem as cotas das carteiras dos investidores, nos meses de maio e novembro.

Por fim, tal investimento faz sentido para investidores pouco experientes ou mais conservadores, sendo que a rentabilidade é previsível e depende da taxa básica de juros.

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