A possível federalização das estatais mineiras Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) está gerando preocupações entre acionistas minoritários e especialistas em finanças.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sinalizou a possibilidade de federalizar as empresas estatais para quitar a dívida do estado com a União, que ultrapassa R$ 160 bilhões.
Em uma reunião com o governador Zema no Senado, o presidente do Senado entregou sua proposta, que inclui o repasse dessas estatais para o governo federal, com opção de recompra das empresas em até 20 anos pelo governo mineiro.
Essa declaração resultou em uma queda no valor das ações da Cemig, em 13%, e da Copasa, em 4%.
A Cemig, em comunicado, informou que a possível operação está em andamento fora da esfera da companhia.
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Análistas e investidores expressam sua apreensão com a potencial interferência do governo nos conselhos das empresas.
Hoje, a composição dos conselhos destas empresas mineiras, são caracterizadas por indivíduos com competência na área de atuação.
Com o repasse para o governo federal, há incerteza se as empresas não servirão de cabine político, como acontece em outras empresas da União.
Dependendo do preço pago pelos ativos, permitirá o pagamento das dívidas e a estabilização das finanças, não sendo uma medida necessariamente prejudicial para o governo mineira e população de Minas Gerais, desde que a parte operacional das empresas não seja afetada.
Nas estatais sob o controle da União, a qualidade dos serviços prestados à população não costuma ser comprometida.
No entanto, existe a preocupação com os acionistas minoritários, pois em caso de federação as empresas, por possuírem restrições e regulações específicas, tendem a ser menos rentáveis do que se fossem privatizadas.
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