Escrito por:

Beatriz Stanis

O valor líquido do ativo (NAV), do inglês Net Asset Value, pode ser entendido como o valor de cada ação disposto como ativos, após a subtração dos passivos. 

Caso esse valor restante seja positivo, a parte é considerada solvente, mas se esse valor for negativo, a parte é considerada insolvente. 

Vale destacar que o valor líquido do ativo (NAV) está mais associado a fundos mútuos, que todos os dias fazem o cálculo dos seus negócios, sendo o resultado referido como VPL. 

VPL significa “Valor Patrimonial Líquido por ação”, sendo que o NAV de um fundo mútuo varia devido às variações do mercado que influenciam os investimentos do fundo.

Como calcular o valor líquido do ativo (NAV)?

Para calcular o valor líquido do ativo (NAV), primeiro é necessário considerar todos os passivos de uma corporação. Isso, por conseguinte, inclui:

  • Empréstimos; 
  • Hipotecas e dívidas operacionais;
  • Dividendos diferidos;
  • Impostos não pagos que vencerão dentro de um ano;
  • Imposto retido na fonte;
  • Imposto sobre desemprego;
  • Imposto sobre imóveis;
  • Impostos sobre propriedade pessoal.

Depois disso, é necessário usar uma fórmula que se dá na seguinte equação: 

(Valor de mercado dos títulos do fundo + caixa e outros ativos – total de dos passivos do fundo) / número de ações em circulação. 

Em alguns casos pode ser interessante a adição de descontos, todavia, esse é um critério individual que deve ser decidido por quem está fazendo o cálculo. 

Um destaque importante é que se uma empresa tiver muitos ativos intangíveis, pode haver uma divergência entre o valor do NAV e o VPA. 

Valor líquido do ativo (NAV) e o terceiro setor

As grandes corporações não são as únicas que se beneficiam com esse cálculo, pois saber o patrimônio líquido também é importante para organizações do terceiro setor. 

Mesmo que as instituições de caridade não existam para obter lucro, ter um valor positivo de patrimônio líquido é fundamental caso a organização tenha intenção de crescer. 

Isso acontece porque fundações e outros grandes doadores revisam os balanços e orçamentos de instituições de caridade antes de decidirem fazer uma doação. 

O objetivo é verificar se a organização tem condições de permanecer solvente e ser capaz de cumprir com o seu objetivo de fazer caridade. 

Do contrário, caso seja verificado que ela é insolvente, não faz sentido aportar dinheiro nesse tipo de instituição, que muito provavelmente está sendo mal gerida.

Até porque, instituições de caridade, mesmo não visando lucro, precisam ter boas práticas responsáveis para administrar os seus recursos, ou então perdem credibilidade.

Por isso que o NAV, nesse sentido, pode servir de grande ajuda para os doadores não incentivarem a existência de organizações ineficientes ou corruptas.

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