Escrito por:

Marcilio Lima

O IBOB11 é um fundo de índice, conhecido também como ETFs (Exchange Traded Funds), que replica o desempenho do Índice Bovespa.

Já as empresas que compõem o Índice Bovespa são as maiores e mais robustas da economia brasileira. Como consequência, são também as mais negociadas no ambiente da B3.

Em complemento, é interessante mencionar que as ações dessas empresas, apesar de serem investimentos em renda variável, carregam menos risco, em virtude de serem empresas mais consolidadas.

Diante disso, o IBOB11 surge como um instrumento que permite a exposição em diversas empresas presentes no Ibovespa por meio da aquisição de 1 único ativo na carteira do investidor.

De modo geral, o IBOB11 permite que o investidor tenha um ativo acessível alinhado a um baixo custo.

Afinal, ao adquirir somente 1 cota, o investidor estará exposto a mais de 90 ativos, por meio de um investimento inferior a R$100.

Vale destacar ainda que o fundo adota uma estratégia de gestão passiva que se resume a replicar o desempenho do índice de mercado, nesse caso o Ibovespa.

Com base na gestão passiva, a gestão do fundo se torna menos custosa e, em geral, mais simples. Afinal, serão dispensadas estratégias mais avançadas na tentativa de superar o Ibovespa. Isso se converte em benefícios ao investidor por meio de menores taxas de administração.

A atividade de gestão do patrimônio do fundo é realizada pelo BTG Pactual. Adicionalmente, o fundo é constituído sobre a forma de condomínio fechado. Em resumo, isso significa que suas cotas devem ser compradas e vendidas por meio do ambiente da B3.

A estratégia do IBOB11

Conforme já abordado, o IBOB11 replica o desempenho do principal índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa. Conforme o BTG Pactual, o Ibovespa representa em torno de 80% do volume financeiro negociado na B3.

A gestão do IBOB11 se resume a adquirir, com no mínimo 95% de seu patrimônio líquido, as mesmas ações que estão presentes no Índice Bovespa.

Então, ao comprar apenas 1 cota de IBOB11 o investidor ficará exposto a mais de 10 setores relevantes da economia, entre eles estão:

  • Commodities: metalurgia, siderurgia, mineração, petróleo, entre outros;

  • Financeiro: majoritariamente grandes bancos e nossa bolsa de valores, a B3;

  • Alimentos diversos: carnes, cervejas, entre outros;

  • Saúde;

  • Varejo;

  • Varejo farmacêutico;

  • Aluguel de veículos

  • Energia: geração, distribuição e transmissão;

  • Telecomunicações

  • Fintechs;

  • Seguros;

  • Empresas aéreas;

  • Educação

Com base nisso, nota-se que há uma diversificação setorial significativa no IBOB11, consistente com a diversificação do número de empresas em seu portfólio.

No entanto, o índice Bovespa e, portanto, o IBOB11, é altamente concentrado no setor financeiro e de commodities. Sendo assim, mudanças combinadas nessas indústrias podem afetar facilmente o valor de mercado do IBOB11.

Quais ativos compõem a carteira do IBOB11?

As empresas presentes no IBOB11 são as empresas listadas na carteira teórica do Ibovespa, em proporções semelhantes, para manter uma imagem espelhada do índice de referência.

É importante mencionar que a composição do Ibovespa pode mudar a cada três meses. Como consequência, a composição da carteira do IBOB11 pode, igualmente, ser atualizada.

Vale reforçar que tanto o Ibovespa como o IBOB11 estão extremamente concentrados no setor de commodities e setor financeiro. Somente a Vale (VALE3), por exemplo, representa quase 15% da carteira do Ibovespa e do IBOB11.

Vantagens do IBOB11

A principal vantagem do IBOB11 se dá pela ótica da diversificação, tendo em vista que ela permite uma redução do risco do fundo como um todo.

Em linhas gerais, a diversificação em um grande número de empresas tende a reduzir a dependência do fundo sobre apenas 1 ação. Além disso, a diversificação em termos setoriais reduz, igualmente, a dependência do fundo sobre apenas 1 setor para apresentar uma boa performance.

Com base nisso, o IBOB11 se trata de um instrumento que, além de significativamente diversificado, é bastante prático e acessível, especialmente aos investidores iniciantes, que dispõem de menores recursos para iniciar sua trajetória.

Vale destacar ainda que a estratégia de gestão passiva se converte em benefício ao investidor pois permite a cobrança de taxas de administração bem menores do que outros tipos de fundos de investimentos.

Nesse sentido, o IBOB11 pratica a menor taxa de administração de todo o mercado de ETFs, de 0,03% ao ano, contra os 0,10% ao ano, cobrados pelo concorrente mais próximo.

Além disso, a gestão passiva permite que os investidores se exponham à renda variável sem precisar acompanhar muito o mercado. Além de permitir a diversificação da exposição sem “poluir” a carteira através da aquisição de muitos ativos.

Desvantagens do IBOB11

O IBOB11 não pode ultrapassar o Ibovespa. Afinal, o fundo replica especificamente o portfólio e o desempenho de mercado de seu índice de referência. Dessa forma, o desempenho do fundo espelha quase integralmente o desempenho do Ibovespa.

Além disso, a composição do IBOB11 também sofre com a desvantagem de uma alta concentração de certas empresas e indústrias. Inicialmente, apenas a Vale (VALE3) compunha quase 15% do índice, seguida pela Petrobras (PETR3 e PETR4) com outros 7%.

Seguem-se os principais bancos privados brasileiros, Itaú (ITUB3 e ITUB4) e Bradesco (BBDC3 e BBDC4), que juntos respondem por mais de 10% do Ibovespa.

Como consequência, a elevada concentração faz com que a performance do fundo seja bastante dependente desses setores e dos papéis mencionados acima. Logo, variações nesses papéis podem provocar, facilmente, variações na cota do IBOB11.

Em complemento, tanto no IBOB11 quanto nos demais ETFs presentes para negociação da B3, tem-se presente uma desvantagem tributária. Isso ocorre em virtude do fato de que, nos ETFs, os dividendos, pagos pelas ações que compõem o fundo, se tornam parcialmente tributados.

No IBOB11, assim como em demais ETFs, os dividendos recebidos, pelas empresas que compõem o fundo, não são distribuídos ao investidor, devido a limitações regulatórias. Com base nisso, o fundo os reinveste internamente, em sua própria estrutura, com base na proporção adequada para preservar o espelhamento do índice de referência do fundo.

Quais são os riscos do IBOB11?

O IBOB11 visa replicar a carteira e o desempenho do Índice Bovespa. Para tal, o fundo é obrigado por lei a utilizar pelo menos 95% do seu patrimônio líquido investido em ações.

A partir disso, os principais riscos existentes são aqueles relacionados ao mercado de ações, também chamados de riscos de mercado.

Em primeiro lugar, o risco de mercado é definido como a probabilidade de que as ações de uma carteira IBOB11 sofram mudanças de preço e volatilidade. O resultado disso afetaria o valor de mercado das ações no ambiente da B3.

Logo, o principal risco envolvido no IBOB11 se resume à possibilidade das cotas se depreciarem no mercado, especialmente em momentos de estresse do mercado.

Adicionalmente, o risco de mercado afeta com maior intensidade as companhias do setor de commodities, já que são consideradas empresas cíclicas. Em suma, empresas de commodities possuem ciclos de alta e de baixa nos preços de suas ações, originados a partir dos movimentos nos preços das commodities com as quais tais empresas atuam.

Então, em eventuais momentos de baixa nos preços das commodities, a cota de IBOB11 poderia ser impactada.

O IBOB11 possui a garantia do FGC?

Não! Tanto o IBOB11 quanto todos os demais ETFs presentes no ambiente de negociação da B3 não possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

A ausência de garantias ocorre tanto em termos de garantia do valor investido quanto em termos de garantia de rentabilidade mínima.

Taxas do IBOB11

A única taxa incidente sobre o investimento em IBOB11 se trata da taxa de administração da estrutura do ETF.

Em suma, o fundo possui uma taxa de administração de 0,03% ao ano. Vale destacar que não há cobrança de taxa de performance e nem de taxas de entrada e de saída.

Além das taxas de administração, as únicas taxas que podem existir são as taxas de corretagem da sua corretora. Nesse caso, é crucial verificar se você está usando uma corretora de taxa zero.

Além disso, curiosamente, a taxa de administração do IBOB11 é a menor do segmento de ETF. Para se ter ideia, a taxa de administração atual do IBOB11 é 3x menor que a do concorrente mais próximo.

Como comprar cotas do IBOB11?

O processo de compra das cotas de IBOB11 é bastante simples. Antes de mais nada, você precisa ter conta em uma corretora para negociar os ativos.

Após transferir os recursos para sua conta, você já pode começar a negociar. Para isso, basta acessar o home broker da corretora e inserir o código de negociação IBOB11, preenchendo na sequência quantidade e preço.

Uma vez inserido a quantidade desejada e o preço pelo qual se deseja comprar os ativos, basta enviar a ordem para execução e, por fim, conferir se a mesma foi efetivada.

Uma boa dica para agilizar a execução integral de uma ordem é realizá-la a mercado. Para isso, basta selecionar a opção “ordem a mercado” e o sistema de sua corretora irá, automaticamente, realizar a compra dos ativos conforme a melhor oferta disponível.

O IBOB11 paga dividendos?

Não! Assim como outros ETFs no ambiente de negociação da B3, o IBOB11 não distribui dividendos, principalmente devido a restrições regulatórias.

Assim, os dividendos pagos pelas empresas que compõem a carteira do fundo são reinvestidos internamente em sua própria estrutura. Portanto, no longo prazo, o valor do dividendo é incorporado ao valor da cota IBOB11.

Desse modo, os investidores receberão dividendos indiretamente por meio da valorização de longo prazo de suas ações IBOB11. Além disso, cabe mencionar que o fundo os reinveste em proporções adequadas para manter uma imagem espelhada do Ibovespa.

Vale ressaltar que o IBOB11 não é uma ferramenta útil para compor uma carteira focada no recebimento de dividendos. Afinal, todos os dividendos recebidos pelo IBOB11 serão reinvestidos em sua própria estrutura, sem qualquer distribuição ao cotista.

O IBOB11 possui imposto de renda?

Sim! Tanto o IBOB11 quanto os demais ETFs listados no ambiente de negociação da B3 possuem a cobrança de imposto de renda (IR).

Inicialmente, o imposto de renda é incidente somente sobre o lucro, logo, o investidor não precisa pagar IR se vender suas cotas com prejuízo.

A partir disso, operações de compra e venda realizadas em dias diferentes (Swing Trade) e com lucro, são tributadas em uma alíquota de 15% sobre o ganho de capital.

Enquanto as operações de compra e venda realizadas, com lucro, no mesmo dia (Day Trade) possuem a tributação de 20% sobre o lucro. Logo, ao comprar R$10.000 em cotas de IBOB11 e vender as mesmas por R$11.000, por exemplo, o investidor obtém um lucro de R$1000. Nesse caso, o imposto devido é de R$200, 20% do lucro.

Vale lembrar que é de responsabilidade do próprio investidor recolher o imposto de renda do IBOB11 por meio do DARF.No entanto, caso o investidor tenha prejuízo, não haverá cobrança de imposto de renda.

Por fim, cabe destacar que tanto o IBOB11 quanto os demais ETFs da bolsa brasileira não desfrutam da isenção de IR nas vendas com montante abaixo de R$20 mil por mês. Nesse caso, a isenção é válida somente para ações.

Como investir em todas as ações do Ibovespa?

Para investir em todas as ações do Ibovespa e assim replicar seu desempenho, os investidores podem utilizar os ETFs. A

Atualmente, existem diversas alternativas de fundos, com baixo custo de gestão, que podem replicar o Ibovespa no mercado.

Dentre eles, destaca-se o IBOB11 administrado pelo BTG Pactual e com a menor taxa de administração do mercado, com apenas 0,03% ao ano.

Como alternativa, existem o BOVX11 administrado pela XP e o BOVA11 administrado pela BlackRock. A principal diferença entre esses fundos é a taxa de administração.

Qual é o melhor ETF que replica o Ibovespa?

De um modo geral, a forma mais interessante de os investidores determinarem o melhor ETF para replicar o Ibovespa é analisando suas taxas de administração.

Afinal, os ETFs que replicam o Ibovespa tendem a ter uma carteira semelhante, apesar de possuírem diferentes instituições financeiras.

Sendo assim, é razoável escolher o ETF com a menor taxa de administração para reduzir a carga onerosa sobre os investidores.

Nesse quesito, o IBOB11 se destaca sobre os concorrentes, afinal, o fundo tem taxas de administração extremamente baixas, cobradas a 0,03% ao ano.

Qual a diferença entre o IBOB11 e o BOVX11?

De forma resumida, o IBOB11 e o BOVX11 replicam o mesmo índice de referência, o Índice Bovespa. Portanto, tendem a apresentar um desempenho similar.

Então, a diferença entre ambos os fundos reside em suas taxas de administração e nas instituições financeiras responsáveis pela gestão de cada um dos fundos.

Em um primeiro momento, no que se refere à gestão, o IBOB11 possui sua atividade de gestão realizada pelo BTG Pactual. Ao passo no qual o BOVX11, por sua vez, conta com a XP Asset Management para a realização da gestão do fundo.

Em termos de taxa de administração, o IBOB11 pratica um percentual de 0,03% ao ano, ao passo que o BOVX11 cobra 0,15% ao ano.

Qual a diferença entre o IBOB11 e o BOVA11?

O IBOB11 e o BOVA11 também replicam exatamente o mesmo índice e, como consequência, possuem uma carteira e um desempenho bastante similares.

A diferença entre o IBOB11 e o BOVA11 também se encontra em suas taxas de administração e instituições financeiras que realizam a gestão de cada um dos fundos.

Enquanto o IBOB11 possui a gestão sob a responsabilidade do BTG Pactual, o BOVA11 é gerido pela BlackRock, uma das maiores gestoras de recursos de todo o mundo.

No que se refere às taxas de administração, a taxa do BOVA11 é 10 vezes maior do que o IBOB11, respectivamente 0,30% contra 0,03%.

Qual a diferença entre o IBOB11 e o BOVV11?

Aqui a diferença também se encontra em suas taxas de administração e na instituição financeira que realiza a gestão de cada um dos fundos em questão.

Enquanto o IBOB11 conta com o BTG Pactual como instituição financeira responsável pela realização de sua gestão, o BOVV11 possui sua gestão sobre a responsabilidade do Itaú.

Em termos de taxas de administração, o IBOB11 pratica, atualmente, uma taxa de administração de 0,03% ao ano, contra a taxa de 0,10% ao ano praticada pelo BOVV11. Ou seja, a taxa de administração do IBOB11 é, aproximadamente, 3 vezes menor que a taxa de administração do BOVV11.

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