Escrito por:

Marcilio Lima

O GURU11 é um fundo de índices, conhecidos como ETFs (Exchange Traded Funds) que replica as carteiras dos fundos de ações (FIAs) com melhor histórico de desempenho nos últimos 5 anos.

O GURU11 replica as carteiras dos FIAs com respeito ao intervalo mínimo de 3 meses, nos quais os FIAs tem de divulgar suas composições.

Logo, o GURU11 é uma opção de investimento focada em replicar a composição de fundos que, ao longo de sua trajetória, apresentaram qualidade em sua gestão e bons retornos ao investidor.

É crucial destacar que o GURU11 não se trata de um fundo de fundos, ou seja, o GURU11 não investe seu patrimônio nos fundos dos quais replica as carteiras.

Ao invés disso, o GURU11 investe nas ações, presentes nas carteiras dos fundos que replica, diretamente.

Além disso, podem estar presentes no GURU11 tanto ações quanto BDRs, o que permite uma exposição internacional indireta.

Em virtude de sua composição, o GURU11 é uma opção prática para investir em ativos com potencial de valorização e de forma altamente diversificada.

Afinal, os fundos de ações possuem a estratégia de gestão ativa, que visa selecionar ativos com potencial de valorizar mais que os índices de mercado, como o IBOV e o SMLL (small caps) por exemplo.

Assim como, ao comprar somente 1 cota de GURU11, o investidor atualmente conta com uma exposição em mais de 90 empresas.

Para alinhar a diversificação a um baixo custo ao investidor, o GURU11 adota a estratégia de gestão passiva, diferentemente dos fundos de ações que o GURU11 replica, que adotam a gestão ativa.

A gestão passiva se resume a replicar um índice de referência, nesse caso o índice Teva Grandes Gurus do Mercado, que se baseia nas carteiras dos FIAs de melhor desempenho.

Estratégias mais avançadas, para tentar superar o índice, são dispensadas.

Isso torna a gestão do fundo mais simples e barata e, como consequência, o investidor desfruta de menores taxas de administração em relação aos demais tipos de fundos existentes.

Operacionalmente, o GURU11 é gerido conjuntamente pela EQI Asset e pela Inter Asset. Enquanto a administração fica a cargo do BTG Pactual.

O fundo é negociado pela B3 e suas cotas podem ser compradas pelo homebroker de qualquer corretora.

A estratégia do GURU11

O GURU11 atua com a estratégia de replicar o desempenho dos fundos de ações de gestão ativa com o melhor histórico de rendimentos.

Resumidamente, o GURU11 replica a carteira de ações e BDRs dos fundos de ações com melhor desempenho nos últimos 5 anos.

A tese de investimento basicamente é focar em obter maiores retornos ao replicar a carteira de fundos com bom histórico.

O GURU11 adiciona ou remove ativos de sua carteira a cada 3 meses, momentos nos quais os fundos de ações são obrigados e divulgarem suas posições ao mercado.

Para cumprir com seu objetivo, o GURU11 replica o índice Teva Grandes Gurus do Mercado, que replica a carteira dos fundos de ações com gestão ativa de melhor desempenho nos últimos 5 anos.

A gestão ativa se resume a adotar estratégias mais avançadas para superar as referências do mercado. Essa estratégia é adotada pelos fundos dos quais o GURU11 replica a carteira.

Já o GURU11, individualmente, adota uma estratégia de gestão passiva, que somente replica seu índice de referência, o Teva Grandes Gurus do Mercado, que se baseia nas carteiras dos fundos de gestão ativa.

Resumidamente, a ideia é replicar as carteiras de fundos de ações que apresentaram o melhor desempenho nos últimos 5 anos.

Conforme a metodologia do índice e, consequentemente, do GURU11, os fundos nos quais o GURU11 se baseia devem ter ao menos R$800 milhões de patrimônio sobre gestão. Assim como tais fundos devem ter no mínimo 100 cotistas.

Em complemento, uma vez que fundos a serem replicados entram no índice, eles podem sair somente 6 meses após à entrada. Apesar disso, o GURU11 possui um rebalanceamento mensal de sua carteira.

Dessa forma, o GURU11 é uma opção que replica o desempenho de bons fundos de ações e alinha isso a uma estratégia que gera um baixo custo ao investidor, especialmente comparado ao custo dos fundos replicados pelo GURU11.

Enquanto o GURU11 possui uma taxa de administração de 0,7% ao ano, os fundos de ações podem atingir patamares de 2% ao ano, com a presença adicional de taxas de performance.

Quais ativos compõem a carteira do GURU11?

O GURU11 é composto pelos ativos presentes no índice Teva Grandes Gurus do Mercado, com o objetivo de replicar a valorização desse índice, focado em compor uma carteira formada pelas ações presentes nos fundos de ações com melhor desempenho nos últimos 5 anos.

A carteira do GURU11 possui rebalanceamento mensal, conforme a metodologia de seu índice de referência, momento esse no qual podem ocorrer mudanças na composição do fundo.

A composição mais atualizada do GURU11 está presente clicando aqui, ao fim da página consta presente a opção de download da carteira do fundo em excel.

Vantagens do GURU11

Inicialmente, o GURU11 apresenta sua diversificação como vantagem, visto que a diversificação do fundo é baseada nas carteiras de fundos de ações com melhor desempenho nos últimos 5 anos. Da diversificação, se derivam outras vantagens.

Em primeiro lugar, visto que os fundos que o GURU11 replica são de gestão ativa, o fundo ganha um maior potencial de retorno.

Afinal, os fundos replicados, de gestão ativa, realizam uma escolha de ações que envolve mais análise, na tentativa de superar os índices referenciais do mercado, como o Ibovespa ou o Índice Small Caps.

Portanto, o GURU11, através de sua diversificação baseada em fundos de histórico relevante, possui um bom potencial de valorização.

Além disso, atualmente o GURU11 é diversificado em mais de 90 empresas, de diversos setores. Isso reduz os riscos do fundo, ao reduzir sua dependência sobre apenas um papel ou um setor para apresentar boa performance.

Da diversificação do GURU11, é derivada a grande praticidade do fundo.

Afinal, ao comprar apenas 1 cota de GURU11, o investidor estará diversificado em dezenas de empresas. Essas vantagens, somadas, são altamente acessíveis, por meio de um investimento de menos de R$10 feito via B3.

Essas vantagens favorecem especialmente aos investidores iniciantes e aos investidores que desejam uma carteira que necessite de menos acompanhamento e estudo.

Visto que o GURU11 é altamente acessível e se baseia em ações selecionadas por fundos que possuem equipes de análise para compor suas carteiras.

Por fim, a gestão passiva do GURU11 favorece ao investidor em termos de custos. Com a gestão passiva, a gestão do fundo se torna mais simples e barata. Isso se converte, como benefício ao investidor, em menores taxas de administração.

Desvantagens do GURU11

Inicialmente, o GURU11 pode se prejudicar em virtude de replicar a carteira de fundos de ações. Em geral, os fundos de ações devem divulgar as carteiras e as mudanças feitas somente a cada 3 meses.

O que é feito nesse período pode não ser completamente informado ao mercado, por se tratar de estratégia interna do fundo. Como consequência, ao esperar 3 meses para incorporar as carteiras dos fundos que replica, o GURU11 pode sofrer certa defasagem.

A potencial consequência disso é a perda do timing de um movimento específico realizado por algum dos fundos replicados pelo GURU11.

Dessa forma, o GURU11 pode inserir em sua carteira uma ação que um dos fundos replicados pretende remover em breve, por já ter atingido seu objetivo ou por não possuir boas perspectivas.

Além disso, tem-se presente no GURU11 desvantagens quanto ao imposto de renda (IR).

Inicialmente, o GURU11 não possui isenção de IR para vendas de cotas, com lucro, limitadas a R$20 mil por mês, diferentemente do caso das vendas de ações diretamente.

Adicionalmente, o investidor pagará IR parcialmente em seus dividendos, visto que eles devem ser reinvestidos pelo próprio fundo internamente.

Logo, ao vender cotas com lucro, os dividendos somados na cota também são tributados. Nas ações, diretamente, os dividendos são isentos de IR até o momento.

Diferentemente das ações que estão em sua carteira, atualmente o GURU11 possui pouca liquidez no ambiente da B3, o que causa o risco de liquidez, que será abordado adiante. Em geral, a falta de liquidez é uma desvantagem frente às demias opções de investimento.

Quais são os riscos do GURU11?

O GURU11 é um fundo praticamente 100% investido em ações ou BDRs, conforme a carteira teórica do índice Teva Grandes Gurus do Mercado.

Portanto, os principais riscos envolvidos no GURU11 são os riscos presentes no investimento em ações. O principal risco é chamado de risco de mercado.

O risco de mercado, basicamente, se resume à possibilidade de volatilidade negativa nos preços das ações que compõem o índice e, consequentemente, o fundo.

Dessa forma, uma queda de valor nas ações presentes no fundo tende a desvalorizar sua cota, no ambiente de negociação da B3.

O risco de mercado também se refere à volatilidade em geral dos ativos, ou seja, à possibilidade de variação do patrimônio do investidor ao longo do período no qual permaneça no fundo.

Somado ao risco de mercado, temos presente no GURU11 o risco de liquidez referente ao próprio fundo.

Isso significa que as cotas de GURU11 possuem, atualmente, um baixo volume de negociação no ambiente da B3.

Consequentemente ao menor volume de negócios, o risco de liquidez pode se materializar na dificuldade de comprar e vender cotas de GURU11 a um preço considerado justo.

Em casos extremos, o risco de liquidez pode impossibilitar a negociação das cotas em si.

O risco de liquidez, entretanto, é um risco que tende a ser reduzido ao longo do tempo.

Conforme a evolução do mercado de ETFs e a evolução do GURU11, o fundo tende a ser mais negociado, o que aumenta sua liquidez e mitiga o risco de falta de liquidez.

O GURU11 possui a garantia do FGC?

Não! O GURU11 não é contemplado pela garantia do Fundo Garantidor de Crédito, conhecido como FGC, assim como todos os ETFs negociados na B3.

Não há garantias tanto de proteção do valor inicial investido quanto de rentabilidade mínima.

Além disso, o administrador e o gestor do fundo também não fornecem garantias de rentabilidade mínima ou de proteção do capital investido.

Adicionalmente, ambos não são legalmente responsáveis por volatilidade na cota de GURU11, causada por razões naturais do mercado.

O GURU11 é um fundo de renda variável e, consequentemente, sua rentabilidade depende apenas da valorização das cotas do fundo no ambiente da B3, sem a garantia de que irá ocorrer.

Taxas do GURU11

Nos investimentos em GURU11, a taxa de administração é o único custo presente, por parte do fundo, e atualmente está no patamar de 0,70% ao ano sobre o patrimônio sobre gestão.

Demais taxas (performance, entrada, carregamento, saída, gestão...) não são presentes no GURU11.

O único possível custo adicional para investir em GURU11 é a corretagem, cobrada pelas corretoras. Apesar disso, a maioria das corretoras já zerou as taxas de corretagem.

Frente aos demais ETFs, o GURU11 tem uma taxa de administração razoável, porém um pouco elevada, de forma em que é necessário analisar se sua performance compensa o custo.

Porém, frente aos demais tipos de fundos, como os multimercados ou fundos de ações (FIAs), o GURU11 possui um custo significativamente menor.

Afinal, os demais fundos praticam taxas que podem atingir 2% ao ano, acrescido de taxas de performance.

Como comprar cotas do GURU11?

O processo de compra das cotas de GURU11 é bastante simples.

Em um primeiro momento, é necessário recorrer a corretora de sua preferência, na qual se pode negociar ativos em bolsa.

Em seguida, basta inserir o código de negociação GURU11 e preencher os dados básicos da ordem: quantidade e preço.

Uma vez inserido o código de negociação, basta inserir a quantidade desejada e o preço pelo qual se deseja comprar tal quantidade de cotas.

Feito isso, basta enviar a ordem para execução e, por fim, conferir se a ordem foi completamente executada.

Adicionalmente, uma boa forma de agilizar a execução integral de uma ordem é realizá-la a mercado.

Para isso, basta selecionar a opção “ordem a mercado” e o sistema digital de sua corretora irá, automaticamente, realizar a compra de cotas conforme a melhor oferta disponível no instante em que a ordem for emitida.

Qual é o público-alvo do GURU11?

O GURU11 é um fundo destinado aos investidores em geral como seu público-alvo. Portanto, qualquer investidor pode adquirir cotas de GURU11 por meio do ambiente da B3, sem a presença de qualquer restrição.

Tanto os investidores pessoa física (PF) quanto os investidores pessoa jurídica (PJ) podem adquirir cotas de GURU3 no ambiente da B3.

Não existem restrições tanto de conhecimento técnico do investidor quanto de seu patrimônio acumulado no mercado financeiro.

O crucial antes de investir se resume a compreender os riscos e objetivos de investimento do fundo e, com base nisso, verificar se o GURU11 é uma opção alinhada com os seus objetivos de rendimento.

O GURU11 paga dividendos?

Não! O GURU11 não distribui dividendos aos seus investidores, similarmente aos demais ETFs presentes na B3. Isso ocorre devido às limitações regulatórias que impedem que ETFs brasileiros paguem dividendos. Como alternativa, os dividendos são reinvestidos e o investidor os recebe de forma indireta.

Ao receber qualquer dividendo, o GURU11 deve reinvestir o valor internamente, em sua própria estrutura.

Dessa forma, apesar de não os repassar para a cota do investidor, os dividendos são incorporados ao valor da cota do fundo, ou seja, “são somados” ao valor da cota” e propiciam sua valorização a longo prazo.

Porém, é importante mencionar que o GURU11 não é uma opção útil para compor uma carteira voltada ao recebimento de dividendos, visto que o fundo irá reinvestir qualquer dividendo recebido internamente, ao invés de repassá-los ao investidor.

O GURU11 possui imposto de renda?

Sim! Os investimentos em GURU11 possuem a cobrança de imposto de renda (IR), igualmente aos demais ETFs presentes na B3.

A cobrança de IR ocorre somente no caso de venda de cotas com lucro, assim como incide somente sobre o lucro, ao invés de atingir o valor total da venda.

Logo, ao vender cotas com prejuízo, o investidor não sofre a cobrança de IR.

Além disso, nos investimentos em GURU11, e demais ETFs, não ocorre cobrança de IOF e de come-cotas, como ocorre em demais tipos de fundos.

Primeiramente, nas operações de Day Trade, onde a compra e a venda de cotas ocorrem no mesmo dia, com lucro, a alíquota de IR cobrada é de 20% sobre o lucro obtido na operação.

Ao comprar R$10.000 em cotas de GURU11 e vende-las por R$11.000, o investidor obtém um lucro de R$1.000. Portanto, o IR a pagar seria de R$200.

Já nas operações de Swing Trade, nas quais a compra e a venda de cotas ocorrem em dias diferentes, com lucro, a alíquota de IR praticada é de 15% sobre o lucro obtido com a movimentação.

No caso de Swing Trade, vale o mesmo exemplo dado para a situação de Day Trade, porém com a alíquota de 15%. Portanto, o IR a pagar seria de R$150.

Além disso, não ocorre a retenção do IR na fonte, como acontece nos investimentos de renda fixa, por exemplo. A responsabilidade pelo pagamento do IR é exclusivamente do próprio investidor.

O investidor deve, por conta própria ou por meio de serviços contábeis, calcular o IR devido e pagá-lo via DARF, um “boleto de impostos”, até o último dia útil do mês seguinte à venda de cotas com lucro.

O GURU11 possui isenção de IR para venda até R$20 mil por mês?

Não! O GURU11 não possui a isenção de imposto de renda (IR) para vendas de cotas, com lucro, limitadas ao valor total de R$20 mil dentro do mês, em linha com todos os ETFs listados na B3. Essa isenção é válida somente no caso de vendas de ações.

Dessa forma, qualquer venda de GURU11 com lucro conta o a cobrança de imposto de renda, conforme as condições mencionadas acima.

Quanto rende o GURU11?

O GURU11 rende a valorização do índice Teva Grandes Gurus do Mercado, que é focado em replicar a carteira dos fundos de ações com melhor desempenho nos últimos 5 anos.

Além disso, os dividendos recebidos das empresas que compõem a carteira do GURU11 também impactam seu rendimento.

Dado que são reinvestidos internamente, pelo próprio fundo, os dividendos são “somados” ao valor da cota e contribuem para sua valorização a longo prazo.

 

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