Escrito por:

Beatriz Stanis

A Garantia Firme, ou Underwriting, corresponde a um contrato de subscrição de ações por uma instituição financeira, de modo a viabilizar o lançamento dos papéis de uma empresa no mercado primário. Em outras palavras, as ações são compradas diretamente por uma instituição subscritora, garantindo o sucesso na captação de recursos e economizando tempo para tal levantamento de verbas, para posterior venda desses ativos no mercado secundário.

Ao abrir capital, por meio de um IPO (Oferta Pública Inicial, em português), as empresas precisam de um intermediário financeiro, que pode ser um banco múltiplo ou de investimentos, uma corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários, para operacionalizar o lançamento dos papéis no mercado.

A Garantia Firme é um modo de assegurar, em casos de IPO ou oferta de novas ações no mercado, que haverá demanda pelo papel no mercado. Basicamente, é um processo de intermediação entre as companhias e as instituições subscritoras, sendo que as últimas assumem todos os riscos envolvidos na operação, incluindo o risco de mercado.

A Garantia Firme tem três modos de operação:

  • Melhores Esforços: nessa modalidade, a instituição subscritora se compromete a vender todas as ações sob sua custódia, empregando todas as suas ferramentas para tal, como o nome já sugere, mas eliminando a responsabilidade das ações residuais, o que deixa o risco com a empresa emissora dos ativos;
  • Residual: nessa estratégia, a instituição subscritora se compromete apenas com as ações que não são vendidas no mercado, então a empresa fica livre de riscos e com todos os recursos que precisa;
  • Firme: essa abordagem deixa a responsabilidade de venda das ações com a instituição subscritora, que precisa conduzir todo o processo de vendas desses ativos, mesmo se eles não forem bem aceitos no mercado, salvo se houver ocorrências externas que prejudiquem o desempenho dos papéis no mercado, sob a cláusula chamada Market Out.

A principal vantagem da operação é segurança para a empresa, pois é possível minimizar os riscos da emissão dos papéis no mercado, uma vez que a entidade subscritora se compromete com a aquisição dos ativos para posterior revenda. Desse modo, a companhia consegue captar recursos para a realização das estratégias de expansão das atividades e de investimentos.

Além disso, a Garantia Firme ser usada na emissão de Debêntures (títulos de dívida privados). Por fim, essa estratégia é benéfica para as empresas e agrega valor para os investidores, pois as instituições subscritoras não assumiriam o risco se não confiassem no bom desempenho de seus papéis no mercado aberto.

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