O Fundo de Investimento em Cotas (FIC), como o próprio nome já sugere, consiste em um fundo que aplica capital acumulado dos investidores em cotas de outros fundos de investimento. Dessa forma, é possível obter diversificação para a carteira dos investidores por meio de um único ativo financeiro.
Cada Fundo de Investimento em Cotas possui um estatuto específico, porém a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) determina que 95% do patrimônio líquido de um FIC deve ser voltado à aquisição de cotas de outros fundos de investimento de mesma classe. O restante, o que equivale a 5%, pode ser aplicado em títulos de Renda Fixa, como o Tesouro Direto, CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e outros.
Dessa forma, um único FIC não pode ser voltado à Renda Fixa, Renda Variável ou Multimercado ao mesmo tempo, pois, de acordo com o regulamento, é preciso que o gestor tenha um foco exclusivo e não misture vários produtos de investimentos no fundo.
Existe FICs para o curto, médio e longo prazos, sendo que cabe ao investidor decidir qual será o mais vantajoso para a sua estratégia de investimentos. Contudo, vale pontuar que esses investimentos seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda e investimentos mais longos têm a menor porcentagem de cobrança dessas taxas.
Em FICs, há, ainda, a cobrança de taxa de administração, IOF (Imposto sobre Operações Financeiras, e que incidem em aplicações que duram menos de 30 dias), taxa de performance, sem esquecer dos come-cotas.
Além da diversificação, os FICs são vantajosos, pois não exigem um alto valor para o primeiro aporte, o que atrai investidores iniciantes. Por volta de R$ 100, já é possível encontrar FICs com rentabilidade atrativa no mercado.
Por fim, com gestão especializada, diversificação e segurança para o investimento, o FIC é um dos ativos mais atrativos do mercado de capitais e tamanho conforto e praticidade para investir justificam a cobrança compulsória de algumas taxas.