Escrito por:

Beatriz Stanis

Para quem conhece o mercado financeiro, alavancagem é um termo muito comum. Este conceito está conectado com a ideia de que o investidor pode impulsionar os seus resultados de forma rápida, mesmo sem ter o capital necessário para realizar grandes movimentações financeiras, de modo a alavancar rentabilidades.

De forma simples, o indivíduo pode negociar ativos (especialmente no mercado futuro, com opções, negociações em Day Trade, bem como Short Selling ou aluguel de ações) sem possuir o dinheiro disponível para isso.

Dessa maneira, o investidor pega dinheiro emprestado da instituição financeira que irá hospedar as operações, na condição de uma margem de garantia para o banco ou corretora de valores, como uma porcentagem sobre os recursos tomados ou um valor fixo.

O que poucas pessoas sabem, no entanto, é que não é apenas investidores individuais que fazem uso dessa estratégia, visto que fundos de investimento também podem ser alavancados.

Dessa forma, entra em cena o Fundo Alavancado, ou seja, um produto de investimento que, em determinada operação financeira, é negociado acima de seu valor Patrimônio Líquido (PL).

Como em qualquer operação com alavancagem, negociar um Fundo Alavancado é arriscado. Conforme o risco aumenta, a rentabilidade dessa modalidade também é alta, seguindo a máxima do mercado financeiro, “quanto maior o risco, maior é o retorno”.

Os Fundos Alavancados podem ser compostos de Ações, Contratos de dólares e Contratos de índices, por exemplo. Cabe ao investidor escolher com qual produto se sente mais confortável diante dos riscos inerentes a essa operação. Diversificar é uma forma de controlar melhor as perdas e ganhos de determinada operação no mercado alavancado.

É importante que o investidor consulte se o Fundo Alavancado – como qualquer outro – está registrado e classificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ainda, verificar quem é o gestor do Fundo, sobretudo a respeito de seu histórico de rentabilidades e uma boa qualificação no mercado financeiro.

Além disso, o investidor precisa consultar o prospecto do Fundo Alavancado, uma espécie de documento que deixa claro as características e objetivos do fundo, como a sua composição, riscos e liquidez. Nesse documento, é preciso constar as taxas cobradas, direitos e deveres do investidor e do gestor. Há também o contrato do Fundo, o qual irá trazer a taxa de alavancagem do fundo, dado muito relevante ao investidor e que deve ser monitorado de perto.

Por fim, esse produto é recomendado apenas para investidores experientes e arrojados, isto é, aquelas pessoas que não possuem aversão ao risco e que possuem experiencia e conhecimento sobre operações no mercado financeiro.

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