De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (3), o mercado financeiro revisou para cima a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país pela oitava vez neste ano. A projeção agora é de um crescimento de 2,19% em 2023, em comparação com a previsão anterior de 2,18% feita há uma semana. Além disso, a estimativa para o próximo ano também foi ajustada para cima, passando de 1,22% para 1,28%.
No que diz respeito à inflação, o Boletim Focus manteve a tendência de queda pela sétima semana consecutiva. A projeção é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 4,98%, abaixo dos 5,06% estimados na semana passada e dos 5,69% previstos há quatro semanas.
Apesar disso, a projeção ainda está acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Dessa forma, a meta será formalmente considerada cumprida se a inflação oscilar entre 1,75% e 4,75%. Para 2024, a projeção é de que o IPCA fique em 3,92%.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, atualmente fixada em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Essa taxa encontra-se no nível mais alto desde janeiro de 2017.
A próxima reunião do Copom está prevista para o início de agosto, e espera-se uma redução na taxa Selic de acordo com as expectativas do mercado financeiro. A projeção indica que a taxa encerrará o ano em 12%.
O Boletim Focus, divulgado semanalmente, compila as projeções de mais de 100 instituições do mercado em relação aos principais indicadores econômicos do país. Para 2024, houve uma redução na projeção da inflação para 3,92%, em comparação com os 3,98% estimados na semana passada e os 4,12% previstos há quatro semanas. Já para 2025, a previsão é de que o IPCA feche em 3,60%.
Em relação ao PIB, o Boletim Focus estimou uma queda no crescimento para o ano de 2025, com uma taxa de 1,81%. Para 2026, também há uma tendência de desaceleração, com um crescimento previsto de 1,90%.
Quanto ao câmbio, o mercado manteve, pela segunda semana consecutiva, a previsão de fechamento do dólar em R$ 5,00 no final deste ano. Essa projeção é menor do que a estimativa anterior, que era de R$ 5,10, há quatro semanas.
Para 2024, a projeção é de que o dólar fique em R$ 5,08, abaixo da estimativa anterior de R$ 5,16. Para 2025, a previsão é que a taxa de câmbio encerre em R$ 5,17.
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