O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (24) que o governo está considerando acabar com os juros sobre capital próprio (JCP) a partir do próximo ano.
Essa medida faz parte dos esforços para aumentar a arrecadação e eliminar o déficit das contas públicas em 2024, como previsto no novo projeto do arcabouço fiscal.
Durante um pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, Haddad informou que essa é uma das ações em estudo pela Fazenda.
Ele já havia abordado o assunto em abril, destacando que algumas empresas, para evitar tributações sobre seus lucros, transformam artificialmente o lucro em Juros sobre Capital Próprio, que não são taxados de acordo com a legislação brasileira.
A notícia do possível fim dos JCP teve um impacto no mercado financeiro, refletindo-se no comportamento do Ibovespa.
No fechamento do dia, o Ibovespa registrou uma alta de 0,94%, após uma semana de tendência ascendente.
No entanto, a confirmação da medida pelo ministro fez com que as ações de algumas empresas, como Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3), Itaú Unibanco (ITUB4), Santander (SANB11), Ambev (ABEV3) e Pão de Açúcar (PCAR3), apresentassem queda em seus valores.
Em contrapartida, ações ligadas a commodities, como Vale (VALE3), tiveram um aumento positivo.
O mercado agora acompanha de perto o desdobramento dessa proposta do governo em relação aos JCP e como isso pode afetar os investidores e as empresas no futuro.
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