O Itaú (ITUB3), o maior banco do Brasil, deu início à oferta de investimentos em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) aos seus clientes a partir de segunda-feira (4). De acordo com um comunicado, alguns clientes já têm acesso ao serviço, mas a liberação será gradual.
Os investimentos serão realizados por meio da plataforma de investimentos íon. Inicialmente, não será possível depositar ou sacar criptomoedas. A custódia dos ativos será realizada pelo próprio Itaú.
A decisão de incorporar o Bitcoin no Itaú ocorre em um momento em que a principal criptomoeda do mercado ultrapassa a marca de US$ 41.000. No decorrer do ano, o Bitcoin registrou ganhos superiores a 150%, destacando-se como um dos ativos de melhor desempenho no mercado financeiro.
Guto Antunes, o Head de Ativos Digitais do Itaú Unibanco, compartilhou a notícia em suas redes sociais na manhã de segunda-feira (4). Ele enfatizou o desenvolvimento da regulamentação de ativos virtuais no Brasil:
"A partir de hoje, anunciamos nossa solução de compra e venda de criptomoedas na plataforma de investimentos íon, demonstrando nosso compromisso com a inovação na nova economia digital."
Antunes também destacou que a custódia das criptomoedas será realizada pelo próprio Itaú, proporcionando um nível adicional de segurança aos clientes. Em maio deste ano, o Itaú já havia se associado à Associação Brasileira de Criptomoedas, a ABCripto, indicando seu interesse em oferecer esses produtos.
Inicialmente, o Itaú oferecerá a opção de investimento em Bitcoin e Ethereum, as duas principais criptomoedas do mercado. Enquanto o BTC teve um aumento de 151% em 2023, o Ethereum registrou ganhos de 87% no mesmo período. Em entrevista ao Valor Econômico, Guto Antunes explicou que a liberação desse novo produto para os clientes do Itaú será progressiva, dependendo da clareza regulatória e estratégica.
Antunes também observou que, em um primeiro momento, o banco não permitirá depósitos e saques de criptomoedas, restringindo o uso dessas moedas apenas para fins de investimento. Ele enfatizou que a escolha do Bitcoin e Ethereum se baseou na demanda dos clientes e reiterou o compromisso contínuo do Itaú com as questões regulatórias relacionadas às criptomoedas.
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