Eletrobras (ELET3) vende participação na Eletronuclear e se torna atrativa para investidores

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Redação

A Eletrobras (ELET3) anunciou a venda de sua participação na Eletronuclear para a holding J&F, o que marca uma nova fase para a companhia e reduz substancialmente os riscos associados a seus investimentos no setor nuclear. Com isso, a empresa afasta incertezas que afetaram sua gestão desde a privatização.

A venda resultará em uma perda contábil de R$ 7 bilhões para a Eletrobras, referente à avaliação dessa participação em seus livros.

Apesar do valor ser alto, se considera que o mercado já atribuía um valor zero a esse ativo, o que significa que a empresa não terá impacto real em seu caixa.

No entanto, a Eletrobras receberá R$ 535 milhões pela transação, um valor que, embora pequeno comparado ao seu valor de mercado de mais de R$ 120 bilhões, representa um avanço positivo.

Além do montante recebido, a Eletrobras transferiu à Âmbar Energia, que adquiriu a Eletronuclear, a obrigação de investir R$ 2,4 bilhões.

Com essa venda, a Eletrobras também acaba com a responsabilidade de finalizar a usina de Angra 3, que exigiria investimentos bilionários, permitindo à empresa focar em oportunidades com melhores retornos.

Os papéis da Eletrobras, que já valorizavam cerca de 60% neste ano, podem atrair mais investidores, especialmente estrangeiros, que ainda não se sentem confortáveis em investir na antiga estatal.

A venda diminui as incertezas e permite que a empresa seja comparada a outras empresas do setor, como Engie (EGIE3) e Copel (CPLE6), que são vistas como mais estáveis e atraentes.

SOBRE ELETROBRAS (ELET3)

A Eletrobras é uma das maiores empresas de energia elétrica da América Latina, com atuação em geração, transmissão e distribuição de energia, desempenhando um papel crucial no fornecimento de energia no Brasil.

O que é desestatização?

A desestatização ocorre quando uma empresa estatal é privatizada, ou seja, seus ativos são vendidos ao setor privado. Esse processo busca melhorar a eficiência da empresa e reduzir a interferência do governo em sua operação, permitindo maior liberdade nos negócios.

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