A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo aprovou o pedido de recuperação extrajudicial da Casas Bahia (BHIA3), que enfrenta dívidas de R$ 4,1 bilhões. Este plano não afeta as dívidas operacionais com fornecedores ou parceiros, nem impacta trabalhadores ou clientes, contando com o suporte do Bradesco e do Banco do Brasil.
O plano prevê a homologação em até 40 dias, já que detém o apoio de credores que possuem aproximadamente 55% da dívida total. A estratégia inclui extensões nos prazos de amortização e carências de 24 e 30 meses para os pagamentos de juros e principal, respectivamente. Há também a possibilidade de conversão de parte da dívida em participação acionária na empresa.
Espera-se que esse reperfilamento preserve cerca de R$ 4,3 bilhões no caixa da Casas Bahia nos próximos quatro anos, aumentando o prazo médio da dívida de 22 para 72 meses, e reduzindo o custo médio da dívida, o que resultará em uma economia significativa para a empresa.
Antes desse acordo, a empresa enfrentaria significativos pagamentos anuais em amortizações e juros. Com o novo plano, os pagamentos serão retomados apenas a partir de 2026, resultando em uma redução substancial dos desembolsos até essa data.
Este movimento da Casas Bahia ocorre em um contexto onde várias varejistas brasileiras tiveram que renegociar suas dívidas após o escândalo contábil na Americanas, afetando a confiança de crédito no setor. Analistas do Safra avaliam o acordo como positivo para o fluxo de caixa da empresa, destacando uma redução significativa nos desembolsos até 2026.
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