Bradesco (BBDC4) anuncia Marcelo Noronha como novo CEO em decisão do conselho

Escrito por:

Beatriz Stanis

O Banco Bradesco (BBDC4) anunciou hoje, quinta-feira (23), que seu conselho de administração aprovou a nomeação de Marcelo de Araújo Noronha como o novo presidente-executivo do grupo financeiro. Ele sucederá Octavio de Lazari Jr., que assumiu a liderança do Bradesco em 2018. Lazari, de 60 anos, tem uma longa trajetória no banco, tendo iniciado sua carreira lá em 1978. Por sua vez, Noronha, com 58 anos, atualmente ocupa o cargo de vice-presidente do banco desde 2015.

O Bradesco explicou que a escolha de Noronha se deve à sua vasta experiência no mercado financeiro, acumulada ao longo de mais de 38 anos, sendo 20 deles dedicados à Organização Bradesco.

Marcelo de Araújo Noronha iniciou sua carreira bancária em 1985, no Recife, e posteriormente se mudou para São Paulo em 1994. Antes de ingressar no Bradesco, ele trabalhou na Diretoria do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Brasil S.A. até 2003 e também foi Diretor-Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) entre 2013 e 2017. Noronha é formado em Administração pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), com especialização em finanças pelo IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) e concluiu o Advanced Management Program (AMP) no IESE (Instituto de Estudios Empresariales) da Universidade de Navarra, em Barcelona.

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O banco informou em um comunicado relevante ao mercado que Octavio de Lazari Jr. será indicado para um cargo no conselho de administração do Bradesco. A reação inicial do mercado foi positiva, com as ações ordinárias BBDC3 subindo 4,02%, para R$ 14,50, e as ações BBDC4 abrindo com alta de 4,13%, a R$ 16,38, às 10h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira.

Essa mudança na liderança ocorre em um contexto desafiador para o Bradesco em 2023, marcado por altas taxas de inadimplência, que foram controladas no terceiro trimestre do ano, mas que impactaram significativamente a margem financeira proveniente de juros com os clientes. Como resultado, após os resultados do terceiro trimestre, a maioria dos analistas adiou suas projeções de recuperação para o banco

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