A Auren (AURE3) anunciou planos para uma fusão com a AES Brasil (AESB3), uma operação que poderia criar a terceira maior geradora de energia do Brasil. A proposta já recebeu o aval da AES Corp e da Votorantim, que detêm juntas 51,4% da AES Brasil. O acordo agora aguarda apenas as aprovações regulatórias e antitruste necessárias para sua efetivação.
Esta fusão está estrategicamente alinhada com os objetivos da Auren, prometendo sinergias operacionais, ampliação de portfólio e vantagens tributárias significativas. Combinando suas operações, as duas empresas passarão a ter uma capacidade instalada de 8,8 GW, incluindo grandes ativos hídricos em São Paulo e ativos eólicos e solares no Nordeste.
Os parques eólicos da AES Brasil, atualmente com baixa disponibilidade, têm potencial para melhorias, e a fusão dos portfólios de energia das duas companhias pode resultar em ganhos expressivos. Espera-se também que a fusão traga economias fiscais e benefícios financeiros, como a redução no custo da dívida.
No entanto, a Auren deverá enfrentar um aumento significativo em sua alavancagem, particularmente se os acionistas minoritários da AES Brasil optarem por receber pagamento integralmente em dinheiro. Apesar dos desafios de curto prazo, as sinergias e a geração de caixa esperadas da operação combinada devem mitigar esses efeitos.
A respeito das ações da AES Brasil, a fusão é vista como benéfica, potencialmente gerando um prêmio de cerca de 18% sobre o preço de fechamento das ações no dia anterior ao anúncio.
As opções de compensação aos acionistas da AES Brasil incluem 90% em ações e 10% em dinheiro, 50% em ações e 50% em dinheiro, ou 100% em dinheiro. AES Corp e Votorantim, principais acionistas, escolheram as opções de 100% em dinheiro e 90% em ações, respectivamente.
Analistas veem o acordo como positivo, especialmente para os acionistas da AES Brasil.
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