A Ambipar (AMBP3) deve protocolar um pedido de recuperação judicial na próxima segunda-feira, dia 20, na Justiça do Rio de Janeiro. Essa informação foi publicada na coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A empresa tentou evitar esse processo e até obteve apoio de parte de seus credores, que incluem debenturistas brasileiros e investidores internacionais. Entretanto, divergências com alguns bancos locais, especialmente com o Itaú, comprometeram a possibilidade de um acordo mais amplo.
A Ambipar tem um prazo até o dia 27 de julho para apresentar formalmente o pedido de recuperação judicial, já que a medida cautelar que a protege de ações de cobrança expira no fim da próxima semana.
Anteriormente, a empresa tinha buscado uma recuperação extrajudicial, que exige a adesão de pelo menos um terço dos credores. Porém, as negociações não prosperaram devido a um impasse sobre o foro responsável: os bancos preferiam São Paulo, enquanto a empresa insistia no Rio.
Com uma dívida total de cerca de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões), a situação se tornou cada vez mais complexa, já que a maior parte dessa dívida está distribuída entre investidores internacionais, dificultando a formação do quórum necessário para um acordo.
Atualmente, os principais credores da Ambipar incluem Itaú, Bradesco e Santander, com exposições que somavam R$ 1,68 bilhão em linhas de capital de giro. Recentemente, as ações da empresa sofreram uma queda de 17%, chegando a R$ 0,37, após a contratação de uma consultoria para realizar uma auditoria independente. O objetivo da auditoria é identificar eventuais inconsistências financeiras.
SOBRE AMBIPAR (AMBP3)
A Ambipar é uma empresa brasileira especializada em gestão ambiental, que oferece serviços de prevenção e resposta a emergências ambientais, além de soluções de logística e gerenciamento de resíduos.
O que é recuperação judicial?
A recuperação judicial é um processo legal que permite que empresas em dificuldades financeiras se reestruturem e reorganizem suas dívidas, buscando evitar a falência. Nesse período, a empresa é protegida de ações de cobrança, permitindo mais tempo para encontrar uma solução para suas obrigações financeiras.
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