Usiminas (USIM5) registra prejuízo de R$ 100 milhões no 2T24 com queda no EBITDA e receita

Escrito por:

Beatriz Stanis

A Usiminas (USIM5) divulgou nesta sexta-feira, 26, seus resultados financeiros para o segundo trimestre de 2024 (2T24), apresentando um resultado líquido negativo de R$ 100 milhões.

Este desempenho reverte o lucro de R$ 287 milhões registrado no mesmo período do ano passado (2T23).

De acordo com a companhia, o prejuízo reflete impactos significativos de variações nas receitas, despesas operacionais e perdas cambiais.

A receita líquida da Usiminas atingiu R$ 6,35 bilhões no 2T24, uma queda de 8% em comparação ao segundo trimestre de 2023, quando a receita foi de R$ 6,887 bilhões.

A redução na receita é atribuída a menores volumes de vendas de minério, apesar do aumento nas vendas de aço.

O EBITDA ajustado, que mede o desempenho operacional da empresa, totalizou R$ 247 milhões no 2T24, representando uma queda de 33% em relação aos R$ 366 milhões registrados no 2T23.

A margem EBITDA ajustada caiu para 4%, uma redução de 1,4 pontos percentuais na comparação anual.

O volume de vendas de aço da Usiminas no 2T24 foi de 1.042 mil toneladas, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e apresentando um crescimento de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, o volume de vendas de minério foi de 2.015 mil toneladas, um aumento de 3% em relação ao 1T24, mas uma queda de 16% na comparação anual.

Os investimentos (CAPEX) da companhia somaram R$ 231 milhões no 2T24, uma redução de 74% em relação ao 2T23.

O capital de giro totalizou R$ 6,851 bilhões, uma leve redução de 2% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 27% na comparação anual.

A Usiminas registrou caixa e equivalentes de caixa de R$ 5,605 bilhões no 2T24, uma redução de 2% em relação ao 1T24, mas um aumento de 13% em comparação ao 2T23.

A dívida líquida da companhia foi de R$ 998 milhões, um aumento de 222% em relação ao trimestre anterior e uma alta de 3% em relação ao 2T23.

A relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado foi de 0,79x, em comparação a 0,22x no 1T24 e 0,38x no 2T23.

Eduardo Bartolomeo, CEO da Usiminas, destacou que, apesar dos desafios enfrentados pela companhia, a empresa continua focada em otimizar suas operações e buscar novas oportunidades de crescimento, especialmente no contexto de um mercado global volátil.

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