São Martinho (SMTO3) reporta alta no Ebitda e revisa projeções de safra para 2024/25

Escrito por:

Beatriz Stanis

A São Martinho (SMTO3) apresentou seus resultados financeiros referentes ao segundo trimestre da safra 2024/2025, nesta segunda-feira, 11 de novembro.

O lucro líquido da empresa foi de R$ 187,5 milhões, representando uma queda de 55,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

No entanto, o Ebitda Ajustado no 2T25 somou R$ 943,1 milhões, refletindo um crescimento expressivo de 44% em relação ao 2T24, impulsionado pelo aumento das operações.

A receita líquida também registrou alta, somando R$ 1,96 bilhão no 2T25, um crescimento de 27,6% na comparação anual.

Revisão de Projeções para a Safra 2024/25

A empresa anunciou uma atualização nas estimativas de produção e investimentos (capex) para a safra atual.

Nas operações com cana-de-açúcar, a produção total estimada de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) é de 3.163,1 mil toneladas, mantendo-se alinhada com a previsão inicial.

A moagem projetada é de 22,2 milhões de toneladas de cana, uma redução de 1% em relação ao guidance anterior, com um ATR médio de 142,7 kg/ton, 1,3% acima do esperado.

A empresa ajustou o mix de produção, com uma maior destinação para etanol. Espera-se que 44% do ATR produzido seja destinado ao açúcar, uma redução de 8 pontos percentuais em relação à previsão inicial.

Esse ajuste reflete os impactos dos incêndios ocorridos em agosto, que comprometeram a disponibilidade de matéria-prima, além de condições climáticas adversas, como baixa precipitação e déficit hídrico ao longo da safra, que elevaram o ATR médio.

Planta de Etanol de Milho

A São Martinho também revisou as expectativas para sua planta de etanol de milho, que agora deve processar 500 mil toneladas de milho, representando um aumento de 1% em relação ao guidance anterior.

A produção de etanol está estimada em 210,2 mil metros cúbicos, um incremento de 5,1% em relação às previsões iniciais.

Em relação aos coprodutos, espera-se a produção de 134,2 mil toneladas de DDGS, em linha com a projeção anterior, e 7,5 mil toneladas de óleo de milho, uma redução de 11,8% em comparação ao guidance original.

A revisão é atribuída à estabilização operacional e à maior eficiência industrial na conversão do milho em etanol.

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