A Azul (AZUL4) divulgou nesta segunda-feira, 12, que registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), o que representa um aumento de 31,3% em comparação ao prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior (2T23).
Principais Resultados do 2T24:
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Receita Líquida: A receita líquida totalizou R$ 4,17 bilhões, uma queda de 2,3% em comparação aos R$ 4,27 bilhões do 2T23.
As receitas de transporte de passageiros caíram 2,3%, enquanto as receitas de cargas e outras receitas diminuíram 2,2%.
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EBITDA: O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,052 bilhão, representando uma queda de 9% em relação aos R$ 1,157 bilhões registrados no 2T23.
A margem EBITDA caiu 1,9 pontos percentuais, passando de 27,1% para 25,2%.
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Resultado Operacional: O resultado operacional caiu 25,5%, totalizando R$ 441,2 milhões no 2T24, em comparação aos R$ 591,9 milhões do 2T23.
A margem operacional reduziu 3,3 pontos percentuais, atingindo 10,6% no 2T24.
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Custos e Despesas Operacionais: Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 3,73 bilhões, um aumento de 1,5% em relação ao 2T23, impulsionado principalmente pelo aumento de 2,6% nos custos com combustível de aviação, que totalizaram R$ 1,37 bilhão, e por um aumento de 15,4% em salários e benefícios, que somaram R$ 655,9 milhões.
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Resultado Financeiro: O resultado financeiro da companhia foi significativamente impactado, com uma perda de R$ 3,09 bilhões no 2T24, frente a uma perda de R$ 1,04 bilhão no 2T23.
Isso se deve principalmente às variações cambiais líquidas, que resultaram em uma perda de R$ 3,09 bilhões.
Impactos Externos:
- A Azul destacou que a redução da operação no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes de maio, impactou negativamente os resultados do 2T24 em aproximadamente R$ 200 milhões. Além disso, a desvalorização rápida do real frente ao dólar também teve um impacto adverso nos resultados do trimestre.
Atualização das Projeções para 2024:
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Capacidade: A Azul agora espera um aumento de capacidade em 2024 de aproximadamente 7% em comparação a 2023, uma revisão em baixa em relação à projeção anterior de +11%. Isso se deve à redução da capacidade internacional no primeiro semestre e ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul.
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EBITDA: A projeção de EBITDA para 2024 foi atualizada para um valor superior a R$ 6,5 bilhões, mantendo-se em linha com a previsão anterior.
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Alavancagem: A alavancagem para 2024 foi ajustada para aproximadamente 4,2x, devido à desvalorização do real e ao impacto do EBITDA atualizado. A previsão anterior era em torno de 3x.
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