Na quarta-feira (3), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), juntamente com representantes do fundo soberano dos Emirados Árabes e da Americas Trading Group (ATG), anunciaram a instalação de uma nova bolsa de valores na cidade, destinada a competir com a B3. O evento, que contou com a presença de diversas autoridades, também marcou a sanção de uma lei que oferece incentivos fiscais para fomentar o mercado de capitais no Rio.
Embora a localização da sede ainda não tenha sido decidida, os executivos descartaram o prédio da antiga bolsa do Rio e consideram a "Faria Lima carioca" como uma possível área, especialmente no centro ou no bairro do Leblon, na Zona Sul. Cláudio Pracownik, presidente da ATG, destacou a importância de quebrar o monopólio da B3 no Brasil, afirmando que a concorrência trará eficiência e investimentos, além de reduzir o custo de capital do país.
Desafios e Expectativas
A criação da nova bolsa enfrentou resistência da B3, que não autorizou o uso de seu serviço de compensação e liquidação de ordens eletrônicas, o clearing. Isso exigiu o desenvolvimento de um novo sistema, viabilizado pelo aporte do fundo Mubadala Capital, de Abu Dhabi. A nova bolsa está em fase final de obtenção das autorizações regulatórias junto ao Banco Central (BC) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com expectativa de iniciar operações no segundo semestre de 2025. Ela oferecerá aos investidores a negociação de ações, derivativos, câmbio e commodities.
Incentivos e Competitividade
A proposta inclui a redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% sobre as atividades da bolsa de valores, incentivando o retorno do mercado de ações carioca. Em São Paulo, o mesmo imposto é de 3%. Eduardo Paes destacou a importância da concorrência e provocou o mercado financeiro, enfatizando que a criação de um ambiente econômico competitivo no Rio é fundamental.
Futuro Promissor
O prefeito prometeu não repetir os erros que levaram ao fechamento da antiga Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, em 2002, após escândalos financeiros. Segundo Chicão Bulhões, secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio, a redução de impostos e outras ações são essenciais para atrair e manter negócios na cidade, proporcionando um ambiente seguro e competitivo para investidores.
Josier Vilar, presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), reforçou que todos os esforços estão voltados para oferecer o melhor serviço e preço possível na nova bolsa, facilitando o acesso tanto para pequenos investidores quanto para grandes players do mercado.
Conclusão
Com incentivos fiscais e um compromisso firme em criar um ambiente econômico competitivo, a nova bolsa de valores do Rio de Janeiro promete ser um marco importante para o mercado de capitais brasileiro, oferecendo uma alternativa robusta à B3 e impulsionando o desenvolvimento econômico da cidade.
Mural de discussão
Clique e deixe seu comentário sobre o que você achou desta matéria.