Neoenergia (NEOE3) anuncia resultados mistos no 2T24

Escrito por:

Beatriz Stanis

A Neoenergia (NEOE3) apresentou seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) ontem (23/7), após o fechamento do mercado.

Apesar de um aumento significativo no volume das distribuidoras e uma diminuição na provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), a empresa continua a enfrentar desafios devido às maiores perdas de energia e ao aumento das despesas de PMSO (Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros) em ritmo mais rápido que a receita.

Além disso, o segmento de geração foi afetado pelo fim do contrato da usina Termopernambuco.

A receita líquida consolidada da empresa no segundo trimestre de 2024 (2T24) foi de R$ 11,4 bilhões, representando um aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Excluindo-se a receita de construção, a receita foi de R$ 9,2 bilhões, um crescimento de 3,0% na comparação anual.

No acumulado do primeiro semestre de 2024 (6M24), a receita totalizou R$ 23,1 bilhões, um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior, e R$ 18,9 bilhões, excluindo-se a receita de construção, um aumento de 1,1%.

O crescimento foi impulsionado principalmente pelo maior consumo de eletricidade devido ao clima mais quente, que levou a um aumento de 8,1% no volume distribuído no 2T24 e de 8,4% no 6M24.

No segmento de redes, o crescimento na distribuição foi limitado pela não consolidação dos ativos de transmissão vendidos ao GIC a partir do quarto trimestre de 2023.

No segmento de geração, houve um impacto positivo devido à consolidação integral da UHE Dardanelos desde setembro de 2023, parcialmente compensado pelo fim do contrato de venda de energia da Temopernambuco em 14 de maio de 2024.

Os custos não gerenciáveis somaram R$ 4,8 bilhões no 2T24, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior, e totalizaram R$ 9,8 bilhões no 6M24, um aumento de 1,6%.

A principal linha de custos, compra de energia elétrica, manteve-se estável em ambos os períodos, enquanto menores custos com combustível para geração térmica compensaram parcialmente os maiores custos com transporte de energia.

As despesas gerenciáveis (excluindo depreciação e construção) somaram R$ 1,4 bilhão no 2T24, um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior.

O aumento das despesas com pessoal (5,0%) e serviços de terceiros (7,3%) foi compensado pela redução de 24,92% nos custos com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD).

As despesas de PMSO (Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros) aumentaram 4,1% no 2T24, totalizando R$ 1,2 bilhão, e somaram R$ 2,8 bilhões no 6M24, um aumento de 2,6%.

O EBITDA da empresa foi de R$ 2,9 bilhões no 2T24, um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior, com uma margem EBITDA de 25,9%. No 6M24, o EBITDA totalizou R$ 6,4 bilhões, um aumento de 0,5%, com uma margem de 27,9%.

O lucro líquido destinado aos acionistas (excluindo minoritários) foi de R$ 815 milhões no 2T24, um aumento de 12,0% em relação ao ano anterior, e R$ 1,9 bilhão no 6M24, uma leve queda de 0,1%.

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