
O Itaú Unibanco (ITUB4) apresentou um sólido desempenho no terceiro trimestre de 2024 (3T24), reportando um lucro líquido recorrente de R$ 10,67 bilhões, o que representa uma alta de 18,1% em relação ao mesmo período de 2023.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) foi de 22,7%, um avanço de 1,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao 3T23.
Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento da margem financeira com clientes, reflexo do crescimento da carteira de crédito, e pelo avanço nas receitas de serviços e seguros, além da maior margem financeira com o mercado e uma redução no custo de crédito.
A carteira de crédito total ajustada do banco expandiu 9,9% em relação ao 3T23, alcançando R$ 1,278 trilhões em setembro de 2024.
O segmento de pessoas físicas teve um crescimento de 5,1% no ano, com destaque para o financiamento de veículos (+9,5%), crédito pessoal (+8,5%) e crédito imobiliário (+5,4%).
O custo de crédito no 3T24 foi de R$ 8,2 bilhões, uma redução de 11% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.
Esse recuo é atribuído, principalmente, aos negócios de varejo no Brasil, onde houve redução nas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa e em descontos concedidos, juntamente com um aumento na recuperação de créditos baixados como prejuízo.
No segmento de atacado, o Itaú registrou um impacto positivo de R$ 500 milhões na linha de provisão para créditos devido a um cliente específico no setor de grandes empresas.
As receitas de serviços e seguros cresceram 6,8% em relação ao 3T23, impulsionadas por quatro fatores principais: maior volume de faturamento de crédito em emissão de cartões, aumento dos ganhos com administração de fundos, expansão dos volumes em assessoria econômico-financeira e corretagem, e crescimento do resultado de seguros devido ao aumento dos prêmios ganhos.
As despesas não decorrentes de juros somaram R$ 15,9 bilhões, uma alta de 8,2% em comparação ao 3T23.
Esse aumento foi motivado, em parte, pelo impacto do acordo coletivo de trabalho, que elevou as despesas de pessoal, e pelo aumento na participação nos resultados devido à melhor performance financeira do banco.
As despesas administrativas também subiram em razão de investimentos em marketing e tecnologia.
O índice de eficiência acumulado de 12 meses foi de 39,4%, uma melhora de 0,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias apresentou uma melhora, passando de 3,0% no 3T23 para 2,6% no 3T24, uma queda de 0,4 p.p., indicando um controle mais eficiente da qualidade do crédito concedido.
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