A B3 enfrenta um início de ano marcado pela retirada de investidores estrangeiros, que sacaram R$ 3,04 bilhões até o dia 6 de janeiro.
Esse valor é um sinal negativo para o mercado, que se recuperava de perdas anteriores.
Na sexta-feira (3), os saques chegaram a R$ 1,95 bilhão, o que coincidiu com uma queda de 1,33% do Ibovespa (IBOV).
Essa foi a maior retirada diária de capital estrangeiro desde junho de 2024.
Em 2024, a situação já era preocupante, com um total de R$ 24,19 bilhões em saídas.
O mês de abril foi o pior, registrando uma fuga de R$ 11,09 bilhões, superando o recorde de retiradas anuais anteriores, que era de R$ 6,49 bilhões, ocorrida em 2019.
- Retiradas diárias em 2025:
- 02/01: R$ 545,99 milhões
- 03/01: R$ 1,95 bilhão
- 06/01: R$ 541,27 milhões
Os principais fatores que têm afastado os investidores estrangeiros incluem a deterioração do cenário fiscal no Brasil e as mudanças nas taxas de juros nos Estados Unidos.
Enquanto isso, o governo brasileiro enfrenta incertezas em relação ao seu compromisso fiscal, após a aprovação tardia de um pacote de cortes de gastos.
No exterior, o Federal Reserve sinaliza uma possível redução do ritmo de afrouxamento monetário, impulsionado pela inflação e pelas tarifas sob a administração de Donald Trump.
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