
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentou acusações contra oito ex-executivos da Americanas (AMER3) por envolvimento no uso de informações privilegiadas para a negociação de ações da empresa antes da revelação do escândalo contábil de 2023.
Conforme divulgado na última sexta-feira, a CVM encerrou um inquérito administrativo, apontando que reuniu "evidências consistentes e substanciais" que sustentam as acusações, incluindo contra o ex-CEO Miguel Gutierrez e outros sete ex-diretores, entre eles José Timotheo de Barros e Anna Christina Ramos Saicali.
A Americanas (AMER3), em nota, reforçou que as investigações conduzidas por seu comitê independente e pelas autoridades demonstram que a empresa foi vítima de uma "fraude contábil complexa", com a participação dos ex-executivos na utilização de informações confidenciais para benefício próprio.
A defesa de Miguel Gutierrez afirmou que as alegações contra ele são baseadas em "pressupostos infundados", e que a venda de ações por parte do ex-executivo foi realizada "de forma legítima e em conformidade com as normas vigentes".
Os advogados de José Timotheo de Barros e Anna Christina Saicali preferiram não comentar diretamente, mas indicaram que seguirão na defesa da inocência de seus clientes com dados concretos.
A Americanas segue em recuperação judicial desde que a fraude contábil de grande proporção foi descoberta no ano anterior.
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