Brava Energia (BRAV3) registra queda na produção em outubro e foca em novos projetos

Escrito por:

Beatriz Stanis

A Brava Energia (BRAV3) divulgou, nesta terça-feira (19), os resultados de produção referentes ao mês de outubro de 2024.

A companhia registrou uma produção total bruta de 45.088 barris de óleo equivalente por dia (boe/d), o que representa uma queda de 11,3% em relação ao mês anterior.

Essa redução foi atribuída à desconexão do poço #4, parte do processo de migração da produção para o FPSO Atlanta, dentro do Sistema Definitivo. No final do mês, a produção via FPSO Petrojarl foi encerrada com o fechamento do poço #5, marcando o início do processo de descomissionamento dessa unidade.

No âmbito regulatório, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) agendou para a última semana de novembro de 2024 a inspeção do sistema de medição do FPSO Atlanta, condição essencial para o início da operação plena da nova unidade.

A Brava Energia planeja concluir ainda este mês o envio das documentações e condicionantes exigidas pela ANP.

Com relação ao Campo Papa-Terra, a ANP autorizou, em 18 de outubro de 2024, o aumento da capacidade de pessoal a bordo das unidades FPSO e TLWP e permitiu a operação da sonda instalada na plataforma TLWP.

Desde então, a companhia intensificou atividades de manutenção e recuperação de integridade no ativo, mantendo a previsão de retomada da produção para dezembro de 2024. A autorização também viabilizou a retomada doworkover para substituição da bomba no poço PPT-051.

Outro destaque foi o avanço no Parque das Conchas, onde a Brava celebrou um contrato para aquisição de 23% de participação detida pela Qatar Energy Brasil.

A conclusão da transação, que se encontra em fase final de aprovação, depende de condições precedentes. A participação adquirida corresponde a uma média de 6,1 mil boe/d de produção em 2024.

No caso do Campo Manati, a previsão de retomada da produção foi revisada pelo operador para o primeiro trimestre de 2025, refletindo ajustes operacionais necessários.

A tabela de produção detalha a performance dos ativos da companhia. Em outubro, a produção de óleo bruto alcançou 34.335 bbl/d, com destaque para o Complexo Potiguar (23.967 bbl/d) e Papa-Terra (10.221 bbl/d).

A produção de gás somou 10.753 boe/d, com Manati (5.221 boe/d) e o Complexo Recôncavo (5.593 boe/d) como principais contribuidores.

Embora a produção total tenha diminuído em relação ao 3T24 (51.729 boe/d), a empresa segue avançando em seus projetos estratégicos e em suas transições operacionais para otimizar os resultados futuros.

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