Nesta quarta-feira, 11, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano.
Essa elevação, aprovada de forma unânime pelos membros do comitê, representa a terceira alta consecutiva e reflete o cenário econômico atual, marcado por pressões inflacionárias e incertezas globais.
Segundo o comunicado oficial do Copom, o ambiente internacional segue instável, com destaque para os desafios econômicos nos Estados Unidos e a postura firme do Federal Reserve (Fed) em busca da convergência inflacionária.
Além disso, os mercados de trabalho continuam exercendo pressão, o que exige cautela por parte dos países emergentes.
No contexto doméstico, a economia brasileira mantém sinais de dinamismo, impulsionada pelo mercado de trabalho aquecido e resultados positivos no PIB do terceiro trimestre.
No entanto, a inflação segue acima da meta, e as projeções para 2024 e 2025, obtidas na pesquisa Focus, subiram para 4,8% e 4,6%, respectivamente.
O Copom também apontou que a percepção dos agentes de mercado sobre a política fiscal recente tem influenciado negativamente as expectativas de inflação e a taxa de câmbio.
Para lidar com os riscos crescentes, o comitê optou por intensificar o aperto monetário, justificando o aumento de 1 ponto percentual na Selic como necessário para alinhar a inflação ao redor da meta.
O comunicado ainda sinalizou a possibilidade de novos ajustes de magnitude semelhante nas próximas reuniões, dependendo da evolução dos indicadores econômicos e das expectativas de inflação.
Os integrantes do Copom reafirmaram o compromisso de garantir a estabilidade de preços, enquanto buscam minimizar oscilações na atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
Essa decisão reforça a postura cautelosa do Banco Central em um cenário cada vez mais desafiador, tanto no Brasil quanto no exterior.
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