Você já leu o livro “O investidor de bom senso”? Se você quer se tornar um melhor investidor, este livro pode ser um bom ponto de partida.

Já na sua capa vemos estampado uma recomendação de compra da obra feita pelo próprio Warren Buffet, que é o maior investidor do mundo.

Entretanto, também é verdade que a maioria das pessoas não dispõe de tempo para ler qualquer livro. Nessas horas, um resumo como esse pode ajudar a escolher melhor.

John Bogle, autor de “O investidor de bom senso”

John Bogle foi um investidor, magnata dos negócios, filantropista e autor do livro “O investidor de bom senso”, lançado no ano de 2017.

Nascido em 1929, no estado de New Jersey nos Estados Unidos, John e sua família viveram as consequências da grande depressão na pele, tendo que vender a própria casa.

Depois de sua graduação em Princeton, John foi atrás de uma posição no meio bancário. No entanto, logo foi contratado por Walter L. Morgan, para trabalhar no fundo Wellington.

Anos mais tarde, em 1974, John fundou a The Vanguard Group, que é hoje uma das empresas de investimento mais bem-sucedidas e respeitadas do mundo.

A carreira de investidor de John é uma das mais bem-sucedidas de todos os tempos, tendo sido considerado um dos quatro gigantes do investimento do século XX.

Resumo de “O investidor de bom senso”

Primeiramente é importante destacar que este livro é um best-seller e já é considerado um clássico na comunidade de investimentos. É uma obra simples e repleta de informações.

Sua principal tese, por conseguinte, é a defesa de que fundos de índice, que representam todos os papéis da bolsa, são os melhores tipos de investimento a longo prazo.

O autor explica que, fundos de investimento comuns, mesmo que tenham um histórico de sucesso, não garantem rendimentos futuros consistentes ao longo do tempo.

No livro isso é exemplificado com 355 fundos de investimento analisados nos anos 70. Em 2016, 80% deles não existiam mais, e apenas 2 superaram o retorno do S&P 500.

John também argumenta na obra que os fundos que tentam replicar índices de determinados segmentos também acabam tendo um retorno inferior.

Em outras palavras, o autor defende que o melhor e mais seguro investimento na bolsa, é tendo todas ou quase todas as ações do mercado em sua carteira.

Apesar de sempre existirem momentos de baixa intercalados com momentos de alta, a longo prazo o retorno de se investir na capitalização geral, será maior.

De forma geral, “O investidor de bom senso” prega por uma metodologia de investimento mais conservadora e que foca apenas no longo prazo.

O conteúdo do livro, por sua vez, é dividido em 20 capítulos, sendo que cada um deles possui uma série de subtítulos e destaca diversos trechos importantes.

Trata-se de uma obra que coleciona lições de investimento muito úteis para qualquer tipo de investidor, e as transmite de maneira clara, objetiva e organizada.

Gestão passiva e gestão ativa no “O investidor de bom senso”

Um dos principais pontos martelados nesta obra é sobre como a gestão ativa de fundos acaba sendo uma péssima forma de investir o seu dinheiro.

Para explicar isso, John começa o livro contando a parábola de uma família que investia em ações por conta própria e, um dia é convencida a contratar uma assessoria.

Após algum tempo com essa assessoria, a família percebe que os ganhos que eles obtinham antes agora estavam diminuindo.

Ao analisar a razão por trás disso, eles perceberam que boa parte do rendimento estava indo para o pagamento de taxas e a remuneração do gestor.

No fim, a família decide se livrar da sua assessoria e volta a investir por conta própria. A conclusão é que dificilmente fundos ativos superam os fundos passivos.

Investir em fundos que seguem apenas um determinado benchmark, conseguem garantir um retorno muito mais consistente e previsível que os fundos que tem um gestor.

Isso porque, os fundos que contam com uma gestão ativa até podem em algum determinado momento superar a média do mercado, mas não é algo replicável.

Quando um fundo de investimento criado para investir apenas em algumas ações consegue bons resultados, isso se deve muito mais à sorte do que uma estratégia.

Para o autor, o mercado tem um elemento de imprevisibilidade muito grande. Dificilmente um gestor é capaz de escolher sempre as melhores ações para um determinado período.

Conselhos de investimento em “O investidor de bom senso”

Por fim, o livro conclui com uma série de conselhos que, de acordo com o autor, sempre resistem ao tempo. Veja alguns deles a seguir:

  • Nós devemos começar a investir o mais cedo possível de nossas vidas e, dali em diante, não parar mais;
  • Investir significa necessariamente correr riscos. Mas não investir pode implicar em fracasso financeiro;
  • Sabemos de onde vem os retornos nos mercados de ações e títulos de dívida, e é assim que se começa a ter conhecimento;
  • Sabemos no longo prazo os custos importam muito e, é nosso dever como investidor buscar sempre alternativas para minimizá-los;
  • Os impostos são muito importantes e devem ser calculados corretamente, sempre com a intenção de também minimizá-los;
  • Não há como superar o mercado ou saber o timing certo sem que caiamos em autocontradição. O que pode funcionar para uns poucos não funciona para a maioria.

Com estes conselhos em mente um investidor terá chances bem maiores de ter sucesso financeiro.

Vale a pena ler “O investidor de bom senso”?

Se o seu objetivo é saber mais sobre práticas conservadoras de investimento, este livro é uma das melhores leituras hoje no mercado.

Por mais que o seu foco seja sobre fundos de investimento de modo geral, muitos dos assuntos abordados podem ser aplicados em muitos outros tipos de investimento.

Portanto, tanto investidores iniciantes, quanto investidores experientes podem aproveitar do seu conteúdo para começar a investir de uma forma mais responsável.

Por outro lado, não se trata de uma leitura que será muito útil para os especuladores do mercado. Afinal, esse livro é sobre como investir a longo prazo.