O juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, determinou que as informações sobre a recuperação judicial da Americanas (AMER3) não sejam mais sigilosas e que o detalhamento de um empréstimo especial, conhecido como DIP, seja disponibilizado para consulta pública.
Isso inclui informações sobre investigações contábeis realizadas pela Preserva-Ação Administração Judicial e pelo escritório de advocacia Zveiter. O DIP é um tipo de empréstimo específico para empresas com problemas financeiros.
Em fevereiro, a Justiça do Rio aprovou um empréstimo de R$ 2 bilhões para a Americanas, dos quais os acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, haviam se comprometido a colocar R$ 1 bilhão.
O restante seria captado no mercado, mas o detalhamento estava até agora sob sigilo. A Americanas anunciou em janeiro um rombo de R$ 20 bilhões e dívidas que superam R$ 40 bilhões.
A decisão do juiz foi tomada levando em consideração o "relevante interesse econômico e social envolvido" na recuperação judicial da empresa. Além disso, o cartório da 4ª Vara Empresarial deve cadastrar todos os advogados habilitados pelos credores da Americanas para que possam acompanhar as decisões proferidas nos autos do processo de recuperação judicial.
Até o momento, a Americanas não se manifestou sobre a decisão da justiça.
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