A Petrobras (PETR4) está em meio a uma disputa de poder com o governo brasileiro. Na última sexta-feira, 14, o Conselho de Administração da empresa reprovou o terceiro indicado do governo à futura formação do colegiado, o advogado Renato Campos Galuppo. Com um leque cada vez menor de indicados avalizados pela estatal, o governo tende a chegar à assembleia de acionistas do dia 27 com opções restritas e pressionado a indicar nomes considerados "estepes" das indicações desejadas inicialmente.
O atual cenário aumenta a pressão sobre o governo e, especialmente, sobre o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de quem veio a maior parte das indicações rejeitadas. Se a indicação de Efraim Cruz também for reprovada, a lista de rejeitados pela governança da Petrobras vai chegar a quatro da lista de oito indicados pela União prioritariamente e três em caráter de reserva - 11 no total.
Apesar das rejeições, a decisão da assembleia do dia 27, que vai eleger o novo conselho, é soberana aos pareceres da área técnica da Petrobras e à decisão do Conselho de Administração. O governo tem espaço para passar por cima dessas rejeições e ainda tem sete potenciais aprovados para ocupar as seis vagas que cabem à União. No entanto, caso opte por não insistir nos nomes rejeitados, terá que indicar nomes considerados "estepes" das indicações desejadas inicialmente.
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