A varejista de moda Amaro solicitou à Justiça de São Paulo a homologação do seu pedido de Recuperação Extrajudicial, visando fazer acordo com seus credores. A empresa acumula dívidas de R$ 244,5 milhões, sendo R$ 151,8 milhões em dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões com fornecedores.
O plano de recuperação envolve pagamentos apenas aos credores quirografários e a adesão de 41,63% deles. A empresa cita ações judiciais que estão colocando em risco suas atividades empresariais, o que justifica a necessidade de uma rápida homologação do plano. Com isso, a Amaro espera suspender essas ações por 180 dias.
A Amaro é uma empresa inovadora, que adota um modelo de vendas baseado no comércio eletrônico, mas também possui lojas físicas. O diferencial é que as lojas físicas possuem computadores para mostrar o estoque e fazer as vezes dos atendentes do caixa, o que permite que as transações sejam feitas online. Essa integração do comércio físico com o digital foi pioneira no segmento de moda brasileiro.
A alta taxa de juros e a piora no consumo, devido à baixa liquidez do mercado, afetaram a Amaro e outras empresas de tecnologia brasileiras. A empresa já foi considerada um ativo valioso para redes de moda listadas na Bolsa, mas o valor da companhia era tido como alto, o que afastou possíveis compradores. Com a homologação do plano de recuperação, a Amaro está dando um importante passo para superar esses desafios e voltar a crescer no mercado.
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