IGBR3

A Gradiente é uma empresa atuante com equipamentos eletrônicos voltados para o mercado consumidor. A empresa possui mais de 80 anos de trajetória no Brasil e atuou em várias áreas de equipamentos eletrônicos, como equipamentos de áudio, vídeo, games e celulares.

Infelizmente, no atual momento a empresa se encontra em situação de recuperação judicial. Isso significa que a empresa não gera lucros há muitos anos e, consequentemente, o processo de recuperação judicial ocorre em prol da tentativa de equilibrar a empresa financeiramente. O objetivo geral é tornar a empresa novamente saudável e lucrativa.

atuação da Gradiente (IGBR3)

A Gradiente atua com a produção e comercialização de produtos eletrônicos em geral. No geral, a principal linha de negócios da Gradiente se trata da venda de diferentes tipos de equipamento de som, de pequeno e médio porte.

A empresa também produz e vende celulares de linhas mais simples, voltados para funções básicas.

Anteriormente, as linhas de negócio da Gradiente já foram mais significativas e diversificadas, tanto em termos de produtos produzidos e vendidos quanto em termos de faturamento da companhia como um todo.

Histórico da Gradiente (IGBR3)

A Gradiente iniciou sua trajetória no decorrer do ano de 1930. Até então, a companhia atuava sobre a denominação de E.H.Staub. A empresa se tornou conhecida no decorrer da década de 1970, quanto foi adquirida a marca Gradiente, especificamente no ano de 1970.

Feita a aquisição da Gradiente, no ano de 1972 a empresa implementou uma fábrica na Zona Franca de Manaus (Amazônia). Na época, a Zona Franca de Manaus operava com incentivos fiscais, o que gerava uma significativa atração de empresas e, como consequência, na época formou-se um significativo polo industrial e comercial nessa localidade, para a atual estatura industrial do Brasil na época.

No ano de 1974, a Gradiente abriu seu capital no ambiente de bolsa de valores, ou seja, tornou-se listada na estrutura que se trata da atual B3.

Ao longo de sua trajetória, a companhia atuou com a produção de diversos equipamentos eletrônicos, voltados ao consumidor. Assim como a Gradiente, ao longo de sua história, adquiriu diversas marcas e consolidou Joint Ventures (empreendimentos conjuntos com demais empresas).

Em geral, a companhia produziu ou adquiriu empresas produtoras de equipamentos de som, televisores, tablets, equipamentos de Blu-ray, equipamentos de DVD, videogames, celulares, entre outros tipos de eletrônicos.

Como curiosidade, a Gradiente se tornou a única companhia licenciada para fabricar os consoles da marca Nintendo fora do Japão. Isso ocorreu no decorrer da década de 1990.

Apesar da atual situação da Gradiente, de prejuízos e de recuperação judicial, a companhia já obteve grandes faturamentos no passado. No ano de 1998, a Gradiente atingiu o marco de faturamento de R$1 bilhão. Infelizmente, nos dias atuais, a receita líquida da empresa é pouco superior à cifra de R$5 milhões, em virtude da situação atual da companhia.

No ano de 2018, a Gradiente anunciou seu pedido de recuperação judicial, porém iniciou atuação com outras duas atividades. A companhia passou a atuar também com licenciamento da marca e com locação e administração de imóveis industriais.

A Gradiente (IGBR3) hoje

Atualmente, a empresa se encontra em recuperação judicial, iniciada no decorrer do ano de 2018. Em linhas gerais, esse processo se refere à uma tentativa de recuperação da empresa em suas linhas de negócio e de uma conciliação com seus credores, em prol de melhorar as condições da dívida da empresa.

Esse processo ocorre em prol de tentar prevenir uma eventual falência da empresa, ou seja, visa a tentativa de equilibrar a empresa e torná-la financeiramente saudável e lucrativa novamente.

As ações IGBR3 pagam dividendos?

Não! Com base no histórico de mais de 10 anos da Gradiente, suas ações, listadas pelo código IGBR3, não pagam dividendos. Em geral, isso ocorre em virtude da situação financeira da empresa. Visto que a Gradiente gera prejuízo em suas atividades, a empresa não gerou um excedente de caixa que pode ser distribuído ao investidor.

Em resumo, a empresa não distribui dividendos há mais de 10 anos devido à falta de geração de lucro, o que impede que qualquer dividendo seja distribuído aos investidores em IGBR3.

Essa situação pode ser revertida caso a empresa reverta tanto seu prejuízo quanto seu processo de recuperação judicial, visto que ela precisa atender às suas obrigações financeiras para estar financeiramente equilibrada.

Assim sendo, caso a Gradiente volte a ser lucrativa no futuro, ela poderá distribuir dividendos aos seus acionistas. Entretanto, não há qualquer garantia de que isso irá acontecer.

O que significa a recuperação judicial da Gradiente (IGBR3)?

Atualmente, a Gradiente se encontra em uma situação denominada de recuperação judicial. Isso se resume ao fato de que a empresa apresentou prejuízos recorrentemente e, como consequência, incorre no risco de deixar de cumprir com suas obrigações financeiras, assim como de não conseguir mais financiar suas atividades.

O pedido de recuperação judicial se resume à formação de um planejamento, no qual ocorre o envolvimento do poder judiciário, para reorganizar a empresa e, com isso, tentar torná-la saudável e lucrativa novamente.

Em resumo, a empresa deve formular uma mediação em relação aos seus credores, aqueles a quem a mesma deve, para conciliar como ocorrerá o pagamento de sua dívida e quais medidas podem ser adotadas para tornar a empresa financeiramente equilibrada novamente.

Nesse processo, podem ocorrer adiamentos de pagamentos de dívida, venda da empresa ou de partes dela, ajustes nas linhas de negócio da empresa, entre outras medidas. O objetivo geral é tentar tornar a Gradiente novamente lucrativa e capaz de agregar valor aos seus credores e acionistas.

No sucesso desse processo, a empresa volta a atuar normalmente e segue, igualmente, listada no ambiente de negociações da B3.

Na ausência de sucesso da recuperação judicial, o pior dos casos é a incorrência da empresa em falência. Nesse caso em específico, os investidores nas ações IGBR3 podem perder uma porção significativa do capital investido.